POR QUE ESTOU TRISTE?

Turbilhão de pessoas nas ruas, os ambulantes se multiplicam e impedem calçadas, há uma cara de festa nas festas fisionômicas de todos, mas há mesmo, em todos?

Estou meio acabrunhado, triste, fico buscando a razão.

Reflito, procuro, faço idas e vindas no pensamento e situo. Lá está, uma pessoa abandonada na minha retina, sentada na calçada, uma mulher, suja em suas vestes, ao lado de sacos imundos, com a cabeça entre os braços, voltada a cabeça para o chão.

Um estado de tristeza e abandono profundo, intenso, esmagador. Em meio a toda a festa que passa pela calçada,

Tive ímpetos de voltar, chamá-la e dar o que poderia ser uma alegria momentânea, moeda farta. Parei, refleti, pensei, posso afrontar.

Fui embora, um tanto arrependido.

Entrei na livraria para acertar contas com livro meu que vendem, estou sempre adiando quando chamado para tanto,

Ficou para amanhá, vou ao invés de dar o dinheiro, como faço sempre, em local que distribui alimentos para necessitados, doar a pessoas pobres, nas ruas.

Quem sabe espanto essa tristeza que tomou conta de mim?

Qual a razão das diferenças, todos são humanos....

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 13/12/2012
Reeditado em 13/12/2012
Código do texto: T4033405
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