HOMENAGEM a OSCAR NIEMEYER
Senti tristeza hoje por três vezes.
Uma foi por ter visto notícia da missa de sétimo dia do Oscar Niemeyer.
Doeu. Aquela imagem de seus parentes sofrendo por ele não estar mais aqui.
Foi tão pessoal! Parece que eu devia estar ali também.
QUIS FAZER UMA HOMENAGEM A ELE E NÃO CONSEGUI.
E isso foi uma experiência de frustração. Eu queria por no Recanto na ilustração a cópia de um desenho seu.
E em baixo, na área do texto , eu copiaria a foto da obra pronta e existente ocupando o espaço do texto.
Esta seria a HOMENAGEM, muda, mas falando pelos olhos como ele fazia.
Ele ia falando, enquanto ia desenhando aqueles traços lindos da sua ideia.
Ia começar pela Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima.
Dizia ele que se inspirou na cabeça das freiras.
É tão lindo que dá vontade de chorar.
A beleza também é tão perturbadora que dá vontade de chorar.
Esta igrejinha é uma obra entre as mais belas que ele fez.
Aquele homem era um ARTISTA que faz doer o coração de tão lindo.
A segunda tristeza foi esta frustração de não conseguir fazer esta homenagem.
E emudeci.
E nada mais consegui fazer hoje.
Agora à noite, quis falar com minha filha sobre essa derrota ou impossibilidade.
Ou trocar umas palavras amenas com ela.
Foi tão grosseira comigo, pois estava trabalhando e não estava a fim de conversa hoje.
E encolhi.
Não suporto a grosseria
Esta foi a terceira vez.