ESPÍRITO DE NATAL

Esta é a época que mais gosto. Quem sabe por disfarçar, nes-

ses dias, as agruras do dia a dia e as cenas rudes que a eles pertencem.

São nesses dias de vésperas de festas que os rostos se alegram, as atitudes se amenizam em gentilezas, telefonemas e recordações dos mais esquecidos e até nos surpreendemos com o poder transformador que temos e não tínhamos percebido ainda.

Que bom seria que todos os outros dias do ano esta chama es-tivesse sempre acesa, com letreiros reluzentes e coloridos desestimu-

lando nossas fraquezas com recados assim: "Você é importante, mesmo

que seja para uma pessoa só."; "Não desista porque a solidão e tristeza não é seu legado eterno. Amanhã elas partirão em busca de outras pa-ragens, e um novo quadro estará se formando com as cores que VOCÊ

escolher. NADA É ETERNO."; "Você já se amou hoje?"; "Sorriu o riso revi-

gorante para quem ao seu lado se desmoronava? Ou acreditou que sua presença foi significativa para quem precisava?"

O nosso problema talvez seja não acreditar que o bem ainda exista, não enxergar como uma criança enxerga: A beleza das barbas brancas de um velhinho excessivamente corado, vestido de vermelho esbanjando seu sorriso alegre: "HO,HO, HO! É Natal. FELIZ NATAL!

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 12/12/2012
Reeditado em 13/12/2012
Código do texto: T4032810
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