CÉU OU INFERNO....
Fim de ano, inventário de jornada. A honra permanece inalterável para os honrados. Serenamente vivem. O honrado não quer jamais a honra enegrecida de suspeita. Esta não passa perto de sua biografia, ao contrário. Está acima de qualquer suspeita. Nunca é ou foi atacada.
O desonrado não luta para defender esse inigualável ornato da personalidade, antes “varre para debaixo do tapete” qualquer apuração que desfila sombria por sua honra atacada.
A honra do honrado, atacada, abre as portas de sua sinceridade para aclarar qualquer dúvida. Quer larga apuração sobre o que ocorre. Quer ser como o sol, distante do silêncio das sombras para rebrilhar em toda sua plenitude.
Consciência, céu ou o inferno de cada um. O inferno, mesmo para os que pouco raciocinam, cuja consciência é deformada, acontece. No inventário que fazem do dia a dia, não há a paz pretendida sob o manto do privilégio que se torna público em desonra.
Chega de alguma forma o inferno, nas privações da exposição pública. Basta ter olhos de perceber....todos em grau de consciência mínima ou máxima pagam suas dívidas, é um tribunal do qual não se escapa, se conhece como inferno..
No inventário pessoal a honra do honrado sempre repeliu a tortura da consciência, não a conhece, ou o sufrágio da benesse que oculta, do favor que desmerece, da doação do obséquio que pede troco, da retribuição que achaca e tem péssimo odor.
Honrados nunca algemaram consciências, altivos, cabeças erguidas, são reverenciados pelo respeito ímpar. Não conhecem detratores, seus princípios são escola.
Caminhar nesse sentido revela a bondade franca, nunca a falsa generosidade, desprezível, dos que transigem escondendo culpas, dos que cedem para não ter necessidade de exigir, dos que dão a fim de que nada lhes peçam, dos que tudo externam por se divorciarem de suas obrigações.
Um inventário de fim de ano é mais um louro de vida....ou um inferno.