Onde Anda o Romantismo?
Viver realmente o presente é acompanhar a moda, aderindo às novidades do mundo, procurando ser igual às outras pessoas. Isto faz com que pareçamos jovens e nos livra daqueles nomes usados para taxar alguém de velho e ultrapassado. Seríamos, por exemplo, saudosistas ou, quem sabe, conservadores.
É claro que, brega e, não menos, careta são também utilizados com frequência em tais situações. Chegar a uma idade avançada depois de ter usufruído tantos momentos maravilhosos que, ao que tudo indica, não mais voltarão, é um privilégio de poucos, dignos de admiração e até de inveja. Torna-se extremamente difícil avaliar a diferença entre duas épocas sem cair em desvantagem perante quem não viveu uma delas. As palavras passam a ser, nesses casos, a única fonte de informação.
No caso da arte, notamos um esforço desesperado dos verdadeiros criadores para se manterem acima e distante da baixaria e da mediocridade que grassa por todo lado. Ser seletivo e cuidadoso hoje em dia é muito mais do que uma simples opção; é uma preciosa necessidade, a fim de não ser levado pela farsa imperativa do momento que atravessamos, tão carente e vazio de verdadeiros talentos.
Algumas formas de expressão, como a música, ainda conseguem, por si só, impor-se no meio e, com isso, resgatar um passado maravilhoso e inesquecível. Falando-se em música, é neste terreno onde, mais acentuadamente, percebemos a queda vertiginosa em qualidade e bom gosto. O bom gosto deu lugar ao trivial e ao ofensivo.
O ritmo harmonioso e aconchegante cedeu espaço para a neurose dos sons e do movimento frenético e vicioso. Meus ouvidos não conseguem suportar a insistência de certas batidas e o volume ensurdecedor com que forçosamente convivemos. Expressões como: “no meu tempo”, “na minha época” já não mais funcionam como argumentos pelas razões já citadas. Então, só resta mesmo às vítimas desse descompasso suportar o quanto puderem, caladas e tristes.
Felizmente, para os nostálgicos e saudosistas ainda existe por aí farto material, capaz de suprir qualquer carência de arte verdadeira. Parece que, à media que amadurecemos na vida, tornamo-nos exigentes em nossas escolhas.
Deveríamos, proporcionalmente, ganhar também em tolerância e aceitação de outros pontos de vista, mas, nunca houve tarefa mais difícil. É certo que gosto não se discute, porém, conspurcar o belo deveria ser crime digno de punição e esta até que poderia vir na forma de arte verdadeira a encher os ouvidos e os corações de quem desconhece o que é romantismo.
Viver realmente o presente é acompanhar a moda, aderindo às novidades do mundo, procurando ser igual às outras pessoas. Isto faz com que pareçamos jovens e nos livra daqueles nomes usados para taxar alguém de velho e ultrapassado. Seríamos, por exemplo, saudosistas ou, quem sabe, conservadores.
É claro que, brega e, não menos, careta são também utilizados com frequência em tais situações. Chegar a uma idade avançada depois de ter usufruído tantos momentos maravilhosos que, ao que tudo indica, não mais voltarão, é um privilégio de poucos, dignos de admiração e até de inveja. Torna-se extremamente difícil avaliar a diferença entre duas épocas sem cair em desvantagem perante quem não viveu uma delas. As palavras passam a ser, nesses casos, a única fonte de informação.
No caso da arte, notamos um esforço desesperado dos verdadeiros criadores para se manterem acima e distante da baixaria e da mediocridade que grassa por todo lado. Ser seletivo e cuidadoso hoje em dia é muito mais do que uma simples opção; é uma preciosa necessidade, a fim de não ser levado pela farsa imperativa do momento que atravessamos, tão carente e vazio de verdadeiros talentos.
Algumas formas de expressão, como a música, ainda conseguem, por si só, impor-se no meio e, com isso, resgatar um passado maravilhoso e inesquecível. Falando-se em música, é neste terreno onde, mais acentuadamente, percebemos a queda vertiginosa em qualidade e bom gosto. O bom gosto deu lugar ao trivial e ao ofensivo.
O ritmo harmonioso e aconchegante cedeu espaço para a neurose dos sons e do movimento frenético e vicioso. Meus ouvidos não conseguem suportar a insistência de certas batidas e o volume ensurdecedor com que forçosamente convivemos. Expressões como: “no meu tempo”, “na minha época” já não mais funcionam como argumentos pelas razões já citadas. Então, só resta mesmo às vítimas desse descompasso suportar o quanto puderem, caladas e tristes.
Felizmente, para os nostálgicos e saudosistas ainda existe por aí farto material, capaz de suprir qualquer carência de arte verdadeira. Parece que, à media que amadurecemos na vida, tornamo-nos exigentes em nossas escolhas.
Deveríamos, proporcionalmente, ganhar também em tolerância e aceitação de outros pontos de vista, mas, nunca houve tarefa mais difícil. É certo que gosto não se discute, porém, conspurcar o belo deveria ser crime digno de punição e esta até que poderia vir na forma de arte verdadeira a encher os ouvidos e os corações de quem desconhece o que é romantismo.