NO REINO DA DINAMARCA

Tendo em vista estar entrando em outro país, vindo da Suécia, apesar de entre um e outro o percurso não durar mais do que vinte minutos de trem, achamos por bem levar conosco os originais de nossos passaportes, ao invés das cópias, caso houvesse necessidade de apresentar documentos a alguma autoridade que os pedisse por alguma razão inesperada. Nunca se sabe. Quando estamos em terras estrangeiras todo cuidado é pouco, necessitamos estar cem por cento dentro da legalidade e obedecer as regras de cada Nação a fim de não sofrer constrangimentos desnecessários. Tomamos o trem na Triangle Station, na cidade de Malmo, Suécia, onde estamos residindo por uma temporada. Usamos nosso cartão Jojo, que dá direito a desconto principalmente quando o utilizamos na modalidade Duo Family. Aos poucos vamos nos acostumando com os locais da estação onde temos que tomar os trens segundo o lugar para onde vamos. No principio, além do fato de não sabermos falar sueco, apenas inglês e nossa língua de origem, português, tudo se tornava muito difícil e perguntávamos sempre a alguém qual trem deveríamos esperar, em qual lado dos quatro existentes, pois as orientações são escritas somente na língua sueca. Graças a Deus, normalmente as pessoas se sensibilizavam e, gentilmente, nos orientavam com a maior boa vontade.

Já no interior do trem, que trafegaria sobre e sob( através dum túnel no mar báltico) a muldialmente famosa ponte Oresund, e nos víamos ansiosos para vê-la e fotografá-la em toda a sua beleza e grandiosidade, pelo menos na parte externa, uma senhora que viajava do outro lado do corredor nos viu tentando tirar fotos de nós mesmos e se ofereceu para ajudar, falando em sueco. Agradeci satisfeito e solicitei-lhe que, se possível, falasse inglês, e ela prontamente ficou conversando comigo nesse idioma universal. Aliás, importante ressaltar, aqui na Suécia praticamente quase cem por cento da população fala inglês, sueco e, certamente, outras línguas. Nos supermercados, nas padarias, nas ruas, no comércio em geral, nas bancas de revistas, trabalhadores braçais, vendedores de peixe, camelôs, todos sabem falar inglês, e a maioria o faz muito bem.

Passamos por quatro estações antes de chegarmos a Copenhague, mas tudo de forma muito rápida e tranquila, cronometrado como se por um computador de última geração. E quando, finalmente, o alto-falante anunciou que estávamos chegando à estação central de Copenhague, nos despedimos da bondosa senhora e desembarcamos. A temperatura, como em toda a Escandinávia nessa época, congelava os próprios termômetros e nos fazia tremer de frio. Colocamos nossos casacos especiais, gorro e luvas e lá fomos nós, eu e Ana, conhecer e caminhar pela capital dinamarquesa. Fizemos um city-tour que saiu para o passeio tão-logo entramos no ônibus, e tudo nos maravilhou nessa cidade encantadora, as construções medievais, os castelos, os prédios novos, as ruas, as praças, os lugares históricos, a beleza que dela emana como se fora um lindo e imenso jardim pelo qual queremos correr em todas as direções para descobrir e amar. Impossível descrever tudo que vi em Copenhague, é preciso ver para usufruir e saber. Quando o tour acabou, imediatamente corremos para o Tivoli Parque, o mais famoso parque da Dinamarca, conhecido também por ter inspirado Walt Disney para construir a Disneylândia.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 11/12/2012
Código do texto: T4031218
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