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O SONHO DE MARIA LUÍZA
... É uma água azul, bem azul, azulzinha, azulzinha mesmo... nem parece água...
Em meus sonhos, continua ela, sempre me vejo à beira de um lago cujas águas azuladas se espraiam misteriosas à frente... quero aproximar-me delas, mas sempre algo me detém... não posso, sou impedida! ...Bem sei que aquelas águas são benfazejas, que guardam segredos referentes a mim e a certos entes distantes, que me despertam longínquas e boas recordações, embora sejam confusas, incertas...
Horas e horas fico lá, fascinada, admirando paciente a limpidez serena daquele espelho azulado, na esperança de ele me revelar as origens da minha fluídica procura.
Certa noite, bem o sei, um ser de inefável luz me conduzirá pela mão e adentraremos silenciosos por aquelas águas receptivas e profundas. Nada precisará ser dito ou explicado, tudo se desenrolará natural à sua predestinada ação final, quando, por fim, conhecerei a causa das minhas atuais inquietações.
O que terá aquele cenário gigante a revelar-me? Pergunta finalmente entre a angústia e a resignação.
Relendo o inestimável “O Despertar dos Mágicos”, deparo-me com uma de suas frases temáticas, enredando o realismo fantástico. Louis Pauwels escreve: “... de onde te vem isso, ó alma humana, de onde te vem isso?”.
A propósito desses sonhos e desses sentimentos pretéritos de Maria Luíza, gerados na fronteira inconstante das dualidades do ser e do não ser, confesso ouvi-los e admirar também o seu mistério.
De onde te vem isso, ó alma humana?
Em meus sonhos, continua ela, sempre me vejo à beira de um lago cujas águas azuladas se espraiam misteriosas à frente... quero aproximar-me delas, mas sempre algo me detém... não posso, sou impedida! ...Bem sei que aquelas águas são benfazejas, que guardam segredos referentes a mim e a certos entes distantes, que me despertam longínquas e boas recordações, embora sejam confusas, incertas...
Horas e horas fico lá, fascinada, admirando paciente a limpidez serena daquele espelho azulado, na esperança de ele me revelar as origens da minha fluídica procura.
Certa noite, bem o sei, um ser de inefável luz me conduzirá pela mão e adentraremos silenciosos por aquelas águas receptivas e profundas. Nada precisará ser dito ou explicado, tudo se desenrolará natural à sua predestinada ação final, quando, por fim, conhecerei a causa das minhas atuais inquietações.
O que terá aquele cenário gigante a revelar-me? Pergunta finalmente entre a angústia e a resignação.
Relendo o inestimável “O Despertar dos Mágicos”, deparo-me com uma de suas frases temáticas, enredando o realismo fantástico. Louis Pauwels escreve: “... de onde te vem isso, ó alma humana, de onde te vem isso?”.
A propósito desses sonhos e desses sentimentos pretéritos de Maria Luíza, gerados na fronteira inconstante das dualidades do ser e do não ser, confesso ouvi-los e admirar também o seu mistério.
De onde te vem isso, ó alma humana?