SOU RESQUÍCIO DA GERAÇÃO QUE CALAVA. E AGORA FALO?
Comecei a questionar sobre a palavra no verdadeiro sentido denotativo, não só no conotativo, isto é divergente dos conceitos que nossa cultura expõe em painel e nos enfia goela abaixo e, sorrateiramente, arraigado no espírito – como se fosse balõezinhos de festa. E com eles chegam os preconceitos e explodem “participam de greve”: baderneiros, descompromissados, preguiçosos, e tantos outros adjetivos depreciativos que nos tornam monstros.
Eu ainda sou resquício da geração que cala e não que fala, mas eu já estou em outro século preciso de soltar as algemas, e até posso formar cidadãos com conceitos iguais e diferentes do que me foi passado.
Deveras, estamos em um emaranhado de pseudos conceitos. Nunca se falou tanto em democracia, mas o meu limite começa quando termina o do outro, vem o questionamento, será?
Século vinte e um, mas retornamos ao vinte. – Síndrome do “cala”, ou do “fala”?
Fala-se em democracia, parece que no sentido conotativo e retornamos a era da ditadura, por atitudes, gestos e ações.
Tecnologia avançadíssima, mas os pensantes... E aí, por quê, o quê, para quê, e tantos por quês?
E a lista de questionamentos cresce.
Debalde, não podemos escapar de tantos conceitos, preconceitos e quem sabe podemos até abraçar a greve, lutar por nossos direitos e convidá-los a conhecer a realidade.
Greve: é a interrupção voluntária e coletiva de atividades ou funções, por parte de trabalhadores ou estudantes, como forma de protesto ou de reivindicação.
Utopia: não precisarmos participar de greve porque nossas reivindicações são satisfatórias.
Servidores: no batel da utopia.
Eu? Parafraseando Olavo Bilac: "Que fazer para ser como os felizes... Ama!”.
Movimento não vem sem batalha, porque greve não é só "aumento salarial", é muito mais...
Juntem-se as nossas reivindicações!
Servidores ativos e inativos,
Discentes, egressos,
Pais,
Cidadãos...