ESSE FAZ A DIFERENÇA!
Não tem pagamento maior, para um professor, do que ele ver, em seus alunos, o resultado de suas mediações, transformadas em vitórias escolares.
Esta semana, ao chegar à escola estadual professora Maria Stella Pinheiro Costa – onde estou fazendo uma experiência de uma rádio restrita com o intuito de melhorar a comunicação entre os diversos setores da instituição e, principalmente, entre discentes e docentes, eu fui abordado pela sua diretora, Evanice Fernandes, que me deu a notícia sobre a classificação, a nível nacional, de três alunos na 8ª Olimpíada de Matemática. Imediatamente, eu parabenizei a gestora e pedi que ela me encaminhasse os três alunos para que eu pudesse cumprimentá-los e, ao mesmo tempo, fazer uma entrevista com eles e por no Blog da 12ª DIRED, no qual sou o editor.
Pois bem, quando os alunos chegaram, trouxeram com ele o professor de Matemática que, segundo eles, foi o grande responsável pela classificação de todos eles.
Ao cumprimentar o professor – apesar de ser mau fisionomista e não ter o costume de guardar nomes – eu me lembrei do dia em que vi o professor pela primeira vez: foi justamente no dia da prova da Olimpíada de Matemática deste ano e eu estava trabalhando com fiscal de corredor na escola municipal Senador Duarte Filho.
Enquanto conversava com eles, eu fui tirando algumas fotos para ilustrar a matéria que estava pretendendo fazer e, sem que eles percebessem que eu tinha sido testemunha de como, realmente, o professor tinha sido uma peça chave no resultado que ora lhe premiavam, eu fui descrevendo (maldade minha) que era muito importante a participação do professor no encaminhamento das questões pré-olimpíada e de como a aula de reforço é essencial para esse resultado.
Depois que acabei de conversar com eles, assim que cheguei em casa, eu escrevi no Blog, começando assim...
“Naquela tarde, depois que os portões da escola fecharam e a sirene apitou, avisando o início da prova da Olimpíada de Matemática, um jovem ainda permanecia nos corredores sem ter, portanto, adentrado a sua sala de prova. O fiscal de corredor prontamente se achegou ao jovem que permanecia em pé, com uma prancheta na mão e o olhar voltado para ela. Educadamente, o fiscal lhe deu boa tarde e perguntou-lhe o porquê de ele ainda não estar na sala, junto com os outros, começando a fazer a sua prova. Só então aquele jovem levantou os olhos de sua prancheta e, desculpando-se, disse: não sou aluno, sou professor. Estou aqui para conferir a relação dos meus alunos que estão fazendo a prova da Olimpíada. Se o senhor me permitir, eu gostaria de passar, de sala em sala – sem, no entanto interferir em seu andamento -, apenas em cada porta delas, para poder observar quem veio e quem deixou de vir. Estou com a minha relação aqui e, na medida em que eu os for vendo, vou fazendo um “ok” de lado. Posso?
O fiscal não se conteve e disse: como posso negar-lhe o direito de continuar sendo o professor de seus alunos até mesmo aqui? E emendou: Professor, o senhor faz a diferença e, tenho certeza, a recompensa virá em seguida.
O jovem professor agradeceu e começou a sua pesquisa – de porta em porta. Quando saía, o “ok”, ao lado do nome do aluno indicava que o mesmo estava presente. No final, apenas os nomes de pouquíssimos alunos estavam sem o gratificante “ok” dado pelo professor. Hoje, ao sair o resultado do OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) três de seus alunos, que se encontravam naquela escola fazendo a prova, foram classificados nacionalmente. O nome do professor? Antonio Marques Barbosa”.
No outro dia quando cheguei à escola, as duas gestoras (Evanice Fernandes e Socorro Oliveira) vieram ao meu encontro para agradecer a divulgação. Mostraram-me, em xerox, no mural, a página onde estava a entrevista, a crônica, as fotos do professor, dos alunos e seus depoimentos.
Agradeci e disse que não tinha feito mais do que a minha obrigação, pois divulgar as coisas boas incentiva a mais coisas boas acontecerem, principalmente na educação, pois o verdadeiro sentido de ser professor é procurar fazer como o professor Antonio Marques Barbosa costuma fazer que, no depoimento dele não é nada demais: “O que eu tenho a dizer é que todo aluno tem capacidade e pode ser destaque em qualquer atividade de que ele participar. Ele só precisa ser motivado para isto. Na verdade, o que eu fiz foi aquilo que cada professor deve fazer: simulados, corrigir provas da primeira fase e o principal: incentivá-los! Antes das provas, tirar a ansiedade, mostrando-lhes que as questões são iguais para todos. A diferença consiste, primeiro, no conhecimento; segundo, na capacidade de concentração para ler bem as questões e, terceiro, autoconfiança”.
Que o exemplo do professor sirva de estímulo para todos nós...
Obs. O professor Antonio Marques Barbosa e os três alunos classificados na etapa nacional da Olimpíada de Matemática (Jamisson, Jackson e Fábio)
Não tem pagamento maior, para um professor, do que ele ver, em seus alunos, o resultado de suas mediações, transformadas em vitórias escolares.
Esta semana, ao chegar à escola estadual professora Maria Stella Pinheiro Costa – onde estou fazendo uma experiência de uma rádio restrita com o intuito de melhorar a comunicação entre os diversos setores da instituição e, principalmente, entre discentes e docentes, eu fui abordado pela sua diretora, Evanice Fernandes, que me deu a notícia sobre a classificação, a nível nacional, de três alunos na 8ª Olimpíada de Matemática. Imediatamente, eu parabenizei a gestora e pedi que ela me encaminhasse os três alunos para que eu pudesse cumprimentá-los e, ao mesmo tempo, fazer uma entrevista com eles e por no Blog da 12ª DIRED, no qual sou o editor.
Pois bem, quando os alunos chegaram, trouxeram com ele o professor de Matemática que, segundo eles, foi o grande responsável pela classificação de todos eles.
Ao cumprimentar o professor – apesar de ser mau fisionomista e não ter o costume de guardar nomes – eu me lembrei do dia em que vi o professor pela primeira vez: foi justamente no dia da prova da Olimpíada de Matemática deste ano e eu estava trabalhando com fiscal de corredor na escola municipal Senador Duarte Filho.
Enquanto conversava com eles, eu fui tirando algumas fotos para ilustrar a matéria que estava pretendendo fazer e, sem que eles percebessem que eu tinha sido testemunha de como, realmente, o professor tinha sido uma peça chave no resultado que ora lhe premiavam, eu fui descrevendo (maldade minha) que era muito importante a participação do professor no encaminhamento das questões pré-olimpíada e de como a aula de reforço é essencial para esse resultado.
Depois que acabei de conversar com eles, assim que cheguei em casa, eu escrevi no Blog, começando assim...
“Naquela tarde, depois que os portões da escola fecharam e a sirene apitou, avisando o início da prova da Olimpíada de Matemática, um jovem ainda permanecia nos corredores sem ter, portanto, adentrado a sua sala de prova. O fiscal de corredor prontamente se achegou ao jovem que permanecia em pé, com uma prancheta na mão e o olhar voltado para ela. Educadamente, o fiscal lhe deu boa tarde e perguntou-lhe o porquê de ele ainda não estar na sala, junto com os outros, começando a fazer a sua prova. Só então aquele jovem levantou os olhos de sua prancheta e, desculpando-se, disse: não sou aluno, sou professor. Estou aqui para conferir a relação dos meus alunos que estão fazendo a prova da Olimpíada. Se o senhor me permitir, eu gostaria de passar, de sala em sala – sem, no entanto interferir em seu andamento -, apenas em cada porta delas, para poder observar quem veio e quem deixou de vir. Estou com a minha relação aqui e, na medida em que eu os for vendo, vou fazendo um “ok” de lado. Posso?
O fiscal não se conteve e disse: como posso negar-lhe o direito de continuar sendo o professor de seus alunos até mesmo aqui? E emendou: Professor, o senhor faz a diferença e, tenho certeza, a recompensa virá em seguida.
O jovem professor agradeceu e começou a sua pesquisa – de porta em porta. Quando saía, o “ok”, ao lado do nome do aluno indicava que o mesmo estava presente. No final, apenas os nomes de pouquíssimos alunos estavam sem o gratificante “ok” dado pelo professor. Hoje, ao sair o resultado do OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) três de seus alunos, que se encontravam naquela escola fazendo a prova, foram classificados nacionalmente. O nome do professor? Antonio Marques Barbosa”.
No outro dia quando cheguei à escola, as duas gestoras (Evanice Fernandes e Socorro Oliveira) vieram ao meu encontro para agradecer a divulgação. Mostraram-me, em xerox, no mural, a página onde estava a entrevista, a crônica, as fotos do professor, dos alunos e seus depoimentos.
Agradeci e disse que não tinha feito mais do que a minha obrigação, pois divulgar as coisas boas incentiva a mais coisas boas acontecerem, principalmente na educação, pois o verdadeiro sentido de ser professor é procurar fazer como o professor Antonio Marques Barbosa costuma fazer que, no depoimento dele não é nada demais: “O que eu tenho a dizer é que todo aluno tem capacidade e pode ser destaque em qualquer atividade de que ele participar. Ele só precisa ser motivado para isto. Na verdade, o que eu fiz foi aquilo que cada professor deve fazer: simulados, corrigir provas da primeira fase e o principal: incentivá-los! Antes das provas, tirar a ansiedade, mostrando-lhes que as questões são iguais para todos. A diferença consiste, primeiro, no conhecimento; segundo, na capacidade de concentração para ler bem as questões e, terceiro, autoconfiança”.
Que o exemplo do professor sirva de estímulo para todos nós...
Obs. O professor Antonio Marques Barbosa e os três alunos classificados na etapa nacional da Olimpíada de Matemática (Jamisson, Jackson e Fábio)