PAIXÃO
PAIXÃO
Autora: Genuzi
Eu, projetista de mim. Sou fêmea, sedução e desejo? Não. Sou mulher, sonhadora, batalhadora, vitoriosa, honesta, decente, versátil...
Sou protótipo da evolução, acompanhando as inovações, as tecnologias, estilo de ser.
Sou como desdobramento cíclico de fenômenos como o dia e a noite. Vivo como bosquejo, mas com a persistência do acrobata ensaiando o equilíbrio entre mim e os conceitos, entre mim, valores e princípios, entre mim e a sociedade, entre mim e o universo, entre mim e o divino.
Sou sábia de conhecimento e tola de sentimento, dominada pela paixão, não isenta de emoção.
Sou mulher, sou fêmea, sou indígena e minha carta de alforria é a educação.
Educação é o manual da minha essência, plágio do artigo primordial versa a Carta Magna: “todos somos iguais perante a lei...”
Vivo com as algemas dos sentimentos e a quebra da escravidão interior.
Liberdade é gatafunhar crônica, poesia, colocar os amores, a beleza, a ilusão, a perda, a paixão, a sedução... o meu desabafo para o mundo.
O sol brilha para os que têm e os que não têm tetos.
Eu sou responsável pelo que digo e/ou escrevo, mas não sei como será interpretado, analisado o perfil do escrito, da fala, realmente não tenho medo da berlinda, da crítica construtiva ou destrutiva minha essência é além de tudo isso.
Às vezes, a lágrima quente rola face abaixo, mas não tem telespectador , somente as paredes inertes como testemunha, mas são somente as paredes.
Minha liberdade esta em escrever, falar, calar e até gargalhar.
Da janela olho para o manto negro e vejo a beleza das estrelas, do luar ou não, depende do meu estado espiritual, posso balbuciar de mim para mim, quero uma companhia do sexo oposto deitado ao meu lado e diga-me que sou bela...
Gosto de ler, assistir filme, novela, caminhada, dança, entre outras coisas...
Um prazer imensurável escrever de qualquer forma: simétrica, assimétrica, com rima sem rima, com técnica, sem técnica, que importa transmito o reflexo da alma.
Quando eu era criança e observava o céu colado a serra, a lua cheia soberana dona daquele espaço. Não sou pretensiosa mas sou deusa e posso escrever a perfeição, a imperfeição, a beleza, a feiura, a paz, o amor... Sou a dona da história, a protagonista amada, querida, desejada e não substituída, eu posso ser a heroína que eu quiser.
Não se engane sou tudo isso e muito mais, a essência de mim, sem máscara, múltiplas caras, sou mulher e quero companhia oposta que acorde os meus hormônios.
Não tenho laços, não sou concursada, não tenho contrato, não tenho estereótipo, nem algemas nas letras, escrevo o que vem do espírito.
O que sou? O que minha essência é? Mulher heterossexual, vaidosa, insensata, dirigida pela paixão de um homem.
E que adora ouvir palavras de otimismo, elogios...
Abruptamente, não imune, sou atacada pelo vírus da paixão.
Que controvérsia!
Sinto-me enfraquecida, desprotegida, sem direção, no mundo das nuvens.
É a vida! Pulo e vejo as coisas sob outro prisma.
Viverei esta emoção, é o jeito arrumar uma maneira para que ela encontre um leito. Toda apaixonada está na sala da UTI, pode voltar ou não.
Sou artista, corro risco. Posso até enlouquecer de paixão, de ilusão, de emoção...
Tomarei vacina e a imunização é o amor.
Amar é quando eu quero o melhor do outro.
Amar é divino.
Amar não é egoísta, é barganha.
Paixão é corpórea, um dia a vacina do amor imuniza-me e se transforma no sentimento angelical
Escrevo, escrevo e nunca serei santa de presépio, dos moralistas e bons costumes, sou um ser pensante e por acaso poetisa.
Estou na antessala aguardando Hypnos, abruptamente chegam Lofn, Nott, Hnos, Naglfari, Cupido, Morfeu, Fantaso, Icelos, Forberto e Fantasia que fazem parte do meu círculo de amizade. E como quando encontramos os amigos altos papos e vocês nem imaginam tem momentos que eles me levam para outra dimensão e Hypnos fica irritado e vai dar uma voltinha.
Tropeço nos braços da insônia.
É isto...
Eu escrevo, porque não quero a mediocridade da rotina.
Quero, sonhar, ousar e viver a felicidade.