Deus não seja clamado.

Querem tirar a inscrição “Deus seja louvado” do dinheiro brasileiro. Pois bem, é o que falta. Já que tiraram Deus, ou o que a evocação dele representa do ponto de vista da ética e da moral, do ideário social de nossa cultura, em nome da afirmação do laicismo do Estado. O mesmo já foi proposto em relação à retirada do crucifixo de órgãos públicos e por aí vai... Que pretendem os que propõem tais medidas? Tirar da sociedade talvez a única barreira que ainda a mantém com pelo menos um pé fora do barbarismo?

Tiraram Deus dos ensinamentos que os pais davam aos filhos, de modo que hoje estão sendo criados monstros sem fé, sem crença, sem temor e sem esperança. Hoje os homens se acham no direito de matar o sujeito que tentou evitar que lhe levassem o patrimônio recém-adquirido a custo de muito trabalho. É assim, matam por matar, sem um motivo ”justo”. Também pudera: o pai não pode dar uma palmada nesse menino arteiro. O Estado lhe retirou tal poder. Ele vai temer a quem?

Tiraram Deus das escolas, pois o conteúdo do “ensino religioso” que se pratica atualmente é ridículo. Fala de tudo, menos de religião. Temo inquirir um dos nossos jovens sobre seus conceitos e conhecimentos sobre o tema. E ai do professor que se atrever a tentar colocar algo na cabeça, principalmente dos alunos da escola pública. Vai apanhar e perder o emprego, sem poder esboçar qualquer reação.

Antes, quando as pessoas ainda temiam a possibilidade de serem punidas por um deus que estava em todos os lugares, a tudo via e de tudo sabia, tais barbaridades não aconteciam com tanta frequência. O grande outro, representado pelos pais, pela escola, pelo Estado, pela Lei, por Deus, perdeu seu sentido, sua eficácia.

Sem uma imagem de PAI forte, sem uma imagem de MÃE forte, não há uma família estável, nem uma sociedade equilibrada. Quem vai ensinar às crianças os valores básicos? Isso me parece óbvio. Mas, agora querem tirar o nome de Deus de tudo. Querem apagar o nome do pai e não oferecem nada em troca. Nada que substitua essa fonte de valores morais, de regras sociais.

Que pensam esses sábios do niilismo, que nada sabem, nada temem e nada oferecem? Pois façam isso. Apaguem o que parece símbolo de opressão, de mentalidade retrógrada, etc. etc. Mas façam um favor: coloquem algo no lugar. Não sejam tolos ao ponto de acreditar que o ser humano sobrevive à falta de lei, de ordem, de pais, de deuses.

Que assim seja. Mas, não quero ouvir depois o clamor do meu santo nome para vos salvar do desespero de não saber quem sois, nem de onde vinde, nem o que trazeis, nem o que desejais. Assim diria o Senhor.