Foi lindo
A aula inaugural de um novo módulo de um curso que eu coordenei: Mulher Manguinhos, foi muito emocionante. Como não consegui ainda me acostumar com o tradicional atraso das mulheres, confesso que as 14:00h estava estressada achando que não apareceria ninguém. Os integrantes do grupo “Maná de Histórias” tranquilamente organizavam o espaço, de acordo com o que pretendiam fazer e me perguntaram quantas pessoas eu achava que viriam.
Temerosa, arrisquei o meu melhor paupite: - ah, umas vinte e poucas...
Aos poucos as mulheres foram chegando, sentando e se envolvendo em animadas conversas.
O pessoal do Maná preferiu esperar o máximo para começar, pois consideram que o “entra e sai” no ambiente prejudica o trabalho. Por volta das 15:00h começamos formalmente.
A música delicadamente tocada e cantada pelo Floresta (cujo primeiro nome não lembro) foi envolvendo o ambiente e o brilho no olhar da Aline, juntamente com sua beleza física e expressão corporal encheram de beleza aquele momento.
A primeira história “O afogado” de Gabriel Garcia Marquez, muito apropriada para o momento, foi vivenciada pela plateia que mal conseguia respirar, de tanta atenção ao que acontecia, e como disse Aline, eu nunca mais serei a mesma depois de ouvir essa história...
Muitas vezes os mortos conseguem trazer mais vida aos vivos do que os vivos entre si. Arte e reflexão caminharam juntas.
A segunda história “Fátima, a fiandeira”, é de domínio público e origem indefinida, pois é contada na cultura persa como também em outras bandas do oriente e ocidente.
Fátima passou por muitas catástrofes na vida, como dois naufrágios e a sua venda como escrava, mas usou tudo o que aprendeu para o sua tarefa na China e na educação dos filhos que teve no final.
Depois das duas histórias, o grupo propôs que fechássemos os olhos, lembrássemos-nos do que havia acontecido e disséssemos palavras que viessem à mente: “cuidado, coragem,...” e outras mais foram ditas.
Na hora da reflexão sobre as histórias ocorreu uma conversa inusitada e emocionante.
As mulheres fizeram alusão as suas próprias histórias e a momentos atuais vividos por parentes que deixaram o grupo muito impressionado.
A beleza, riqueza e comicidade com que situações difíceis foram relatadas fizeram-nos concluir que aquelas mulheres também são exímias contadoras de histórias...
Choramos, nos compadecemos e, sobretudo, rimos muito!!!
Confesso que lutei várias vezes para introduzir o debate que tinha preparado, com vídeo para passar e tudo, mas foi em vão. A mulherada assumiu o controle do processo de tal forma que, disseram o que quiseram, fizeram ricas analogias com sua condição de mulher e mãe com as histórias contadas.
Identificamos várias Fátimas fiandeiras no grupo e ficamos conhecendo através do olhar de outras mulheres, outras tantas Fátimas que vivem em Manguinhos. São mulheres com a natureza da Fênix, pois seu cotidiano é renascer das cinzas, sobreviver e renascer indefinidamente...
Mulheres fortes, mulheres belas, mulheres abertas para a vida, desejosas de aprender, a ensinar e sobretudo, trocar.
Depois de muito esforço, consegui interromper o delicioso bate-papo. Uma pena, mas não tive outra alternativa.
Convidei quem quisesse continuar conversando, desabafando, trocando, para participar das Rodas de Terapia que eu coordenava lá perto.
Apresentei brevemente a proposta do segundo módulo e ficamos de comunicar a todas o novo local e dia de início do curso.
O lanche estava ótimo, o que coroou aquele momento com deliciosos petiscos como empadas quentinhas e bolinhos de milho e de amendoim.
Terminei o dia desejando que o clima dessa nova abertura se perpetue por todo o curso e que cumpramos bem o nosso papel: fomentar a reflexão, o diálogo, a aprendizagem, a troca, sobretudo com muita arte e alegria, pois todas nós temos cada vez mais fome de beleza.
A minha foi saciada nessa tarde vivida com todas essas belas mulheres. Foi lindo!
Temerosa, arrisquei o meu melhor paupite: - ah, umas vinte e poucas...
Aos poucos as mulheres foram chegando, sentando e se envolvendo em animadas conversas.
O pessoal do Maná preferiu esperar o máximo para começar, pois consideram que o “entra e sai” no ambiente prejudica o trabalho. Por volta das 15:00h começamos formalmente.
A música delicadamente tocada e cantada pelo Floresta (cujo primeiro nome não lembro) foi envolvendo o ambiente e o brilho no olhar da Aline, juntamente com sua beleza física e expressão corporal encheram de beleza aquele momento.
A primeira história “O afogado” de Gabriel Garcia Marquez, muito apropriada para o momento, foi vivenciada pela plateia que mal conseguia respirar, de tanta atenção ao que acontecia, e como disse Aline, eu nunca mais serei a mesma depois de ouvir essa história...
Muitas vezes os mortos conseguem trazer mais vida aos vivos do que os vivos entre si. Arte e reflexão caminharam juntas.
A segunda história “Fátima, a fiandeira”, é de domínio público e origem indefinida, pois é contada na cultura persa como também em outras bandas do oriente e ocidente.
Fátima passou por muitas catástrofes na vida, como dois naufrágios e a sua venda como escrava, mas usou tudo o que aprendeu para o sua tarefa na China e na educação dos filhos que teve no final.
Depois das duas histórias, o grupo propôs que fechássemos os olhos, lembrássemos-nos do que havia acontecido e disséssemos palavras que viessem à mente: “cuidado, coragem,...” e outras mais foram ditas.
Na hora da reflexão sobre as histórias ocorreu uma conversa inusitada e emocionante.
As mulheres fizeram alusão as suas próprias histórias e a momentos atuais vividos por parentes que deixaram o grupo muito impressionado.
A beleza, riqueza e comicidade com que situações difíceis foram relatadas fizeram-nos concluir que aquelas mulheres também são exímias contadoras de histórias...
Choramos, nos compadecemos e, sobretudo, rimos muito!!!
Confesso que lutei várias vezes para introduzir o debate que tinha preparado, com vídeo para passar e tudo, mas foi em vão. A mulherada assumiu o controle do processo de tal forma que, disseram o que quiseram, fizeram ricas analogias com sua condição de mulher e mãe com as histórias contadas.
Identificamos várias Fátimas fiandeiras no grupo e ficamos conhecendo através do olhar de outras mulheres, outras tantas Fátimas que vivem em Manguinhos. São mulheres com a natureza da Fênix, pois seu cotidiano é renascer das cinzas, sobreviver e renascer indefinidamente...
Mulheres fortes, mulheres belas, mulheres abertas para a vida, desejosas de aprender, a ensinar e sobretudo, trocar.
Depois de muito esforço, consegui interromper o delicioso bate-papo. Uma pena, mas não tive outra alternativa.
Convidei quem quisesse continuar conversando, desabafando, trocando, para participar das Rodas de Terapia que eu coordenava lá perto.
Apresentei brevemente a proposta do segundo módulo e ficamos de comunicar a todas o novo local e dia de início do curso.
O lanche estava ótimo, o que coroou aquele momento com deliciosos petiscos como empadas quentinhas e bolinhos de milho e de amendoim.
Terminei o dia desejando que o clima dessa nova abertura se perpetue por todo o curso e que cumpramos bem o nosso papel: fomentar a reflexão, o diálogo, a aprendizagem, a troca, sobretudo com muita arte e alegria, pois todas nós temos cada vez mais fome de beleza.
A minha foi saciada nessa tarde vivida com todas essas belas mulheres. Foi lindo!