Lembranças Pelotenses do Olímpico (II)
Seguindo as reminiscências vitoriosas dos clubes pelotenses no Estádio Olímpico, avançamos um pouco no tempo e registramos outra grande façanha feita desta vez pelo Farroupilha.
O ano era 2006 e o jogo ocorreu na noite de 1º de fevereiro onde a lua brilhava resplendorosamente. Mal sabia ela que observaria um feito espetacular do Tricolor do Fragata.
O Grêmio vinha embalado depois de voltar para a Série A do Brasileiro de uma maneira épica na célebre “Batalha dos Aflitos” e o Farroupilha lutava para conseguir a classificação para a próxima fase do Campeonato Gaúcho.
Sem falar que lutava também por quebrar um tabu de não vencer no Estádio Olímpico desde 1961 e salientando ainda que este era o primeiro embate entre eles depois de muito tempo.
As duas equipes vieram a campo com muita vontade de buscar a vitória e a partida começou com uma verdadeira blitz gremista pra cima do Farroupilha que não se intimidou com o gramado e fustigava o Grêmio com suas escapadas pelas pontas.
De tanto atacar, o Grêmio saiu na frente com um belo gol do meia Ramon, que tocou na saída do goleiro e entrou no cantinho.
Parecia que iria se repetir o mesmo resultado de tantas vezes. Porém, como ocorreu com o co-irmão Brasil, a façanha começou a tomar formas ainda no primeiro tempo.
Um escanteio bem cobrado e a bola veio no pé de Rodrigo Gasolina que teve apenas o trabalho de empurrar para a rede e fazer a alegria dos poucos torcedores que assistiram ao jogo no estádio e dos muitos que vibraram pelas ondas do rádio.
Terminou o primeiro tempo e o empate já estava de bom tamanho pro Farrapo. Ainda mais porque no segundo tempo, o Grêmio atacou como nunca e teve várias oportunidades de definir a partida. Bolas na trave, grandes defesas do goleiro Adir inclusive uma que bateu em seu rosto e saiu e os zagueiros seguraram como puderam o tricolor de Porto Alegre esperando apenas uma chance de atacar.
E a chance veio nos últimos minutos do jogo. Uma bola despretensiosa na área e Luiz André erra o cabeceio. Porém, a bola bate em seu ombro e trai o goleiro Marcelo Grohe indo para o fundo das redes e sacramentando uma incrível virada do Farroupilha em pleno Estádio Olímpico.
O jogo terminou 2 x 1 e o Farrapo também fez seu nome no Olímpico após 45 anos de espera.
Termino aqui de contar a segunda façanha mais recente dos nossos clubes da cidade neste estádio que fechará suas portas após o Gre-Nal de domingo.
Ainda falta uma história pra contar feita pelo Pelotas. Posso dizer aqui aos torcedores e aos meus amigos do co-irmão que este feito foi tão grandioso como os outros por um motivo muito especial que explicarei em breve.