Peculiaridades ou idiossincrasias?
Gosto das minhas coisas arrumadas do meu jeito. Gosto de fazer algumas coisas do meu jeito..Tenho, sim, algumas manias e você pode até me chamar de “enjoado” para muitas coisas que eu goste e mais ainda para as que eu não goste. Até esse ponto, tudo bem, acho que não sou diferente da maioria das pessoas. Mas quando eu começo a detalhar o que eu gosto e, principalmente, o que eu não gosto... bem, me chamar de enjoado pode ser até pouco.
Outro dia minha mulher observou “puxa, você tem que criticar tudo??” após eu fazer cara de pouco caso (sabe aquele franzir de cenho que você acha que é imperceptível? Pois é...) ao ver, mais uma vez, uma propaganda de shampu (xampu? xampoo? shampu? shampoo?) que achei idiota - sim, eu sou daqueles que acha a maioria das propagandas idiotas e irritantes, principalmente aquelas que o locutor deve ganhar pela velocidade com que grita as palavras. Pois diz o reclame (alguém ainda chama propaganda de “reclame”?) que o tal produto deixa seus cabelos iguais aos da modelo que “estrela” o filmezinho. Eu ri, pensando em algumas mulheres que conheço.
Aproveitando a “deixa”, minha mulher retrucou: “ah, você não tem cabelo, por isso tira sarro...”. Pois é, eu não tenho mesmo cabelo. Sou praticamente careca e não uso xampu nem “creme rinse” (aliás, é uma indústria danada. Porque ainda existe o tal creme rinse separado do xampu? Ah, sim os dois separados darão mais faturamento do que qualquer “dois em um”...). Pois eu lavo minhas parcas cãs com sabonete mesmo, pelo menos uma vez ao dia.
Tem uma propaganda idiotíssima (mais idiota do que as propagandas de produtos para limpeza de banheiros e inseticidas!) é aquela do desodorante masculino que faz aquele que usa “pegar mulher”. Não poucas, mas muitas. Será que alguém compra esse produto por essa propaganda? Se sim, será que percebe que o que está sendo dito é “Ei, Mané, o desodorante é que faz você pegar mulher. Não é você!”. Ou tudo é “marketing” idiota mesmo? O pior é que eu acho a maioria das propagandas do que quer que seja bem ruinzinhas mesmo.
Outra coisas sobre a qual sou considerado “chato” é sobre música. O que mais falo é “não curto, não gosto, acho um saco” quando, em qualquer lugar em que eu precise estar (supermercados ou lojas, por exemplo) ou queira ficar um tempinho (bar, praia), está tocando os sucessos do momento (duplas “sertanejas”, pagode, funk, axé e por aí vai), sem contar aqueles que acham que todo mundo tem de ouvir as porcarias que eles gostam. Eu não quero tchá, não quero tchu, não quero auê, não quero tum-tum-tum ... eu quero é silêncio e paz!
Mas para tirar um sarro com a minha própria intolerância, costumo dizer que a única coisa que quero da Bahia é... distância! Já pensou se eu chego em Salvador (sei lá por quais motivos eu iria para Salvador...) e dou de cara com a Sangalo balançando os braços erguidos pra lá e pra cá, com a aquela multidão ululante imitando? Aquela confusão, aquele mar de gente... Não, não... tô fora!!