Dia da luta contra a Aids
Hoje, 1.º de Dezembro, que é o Dia Mundial da luta contra a Aids, convida-nos a uma reflexão. Não é lamentável que, mesmo com tantas campanhas de esclarecimento sobre a prevenção, estejam aumentando os casos da doença? Também não é lamentável que ainda haja tanto preconceito contra os portadores? Não que não haja razões para comemorar. Podemos dizer que, hoje, a Aids, se o portador se tratar, não precisa ser uma sentença imediata de morte, já que as descobertas científicas têm proporcionado drogas mais eficazes para proporcionar mais qualidade de vida aos doentes.
Porém, os avanços na medicina não significaram avanços quanto a ter uma vida sexual mais responsável. Será que as pessoas não se dão conta de que Aids, uma vez contraída, é para a vida inteira? A pessoa com Aids terá que tomar remédios a vida toda, não poderá doar sangue, ter filhos, fazer sexo sem preocupação. Em suma, a vida de alguém com Aids é limitada e, ainda que a pessoa viva anos e anos sem desenvolver a doença, com uma saúde invejável, ela terá que aguentar conviver com o fato de que tem um vírus em seu organismo e que a vida que sonhava ter, possivelmente,não será mais possível por causa dele.
As pessoas têm que ser mais responsáveis. A Aids pode não acabar com nossa vida, mas ela nunca mais será a mesma que era antes de se contrair essa terrível doença que tem aumentado apesar de todas as informações. E vale salientar que há pessoas que não têm acesso ao tratamento e morrem lentamente, sofrendo com os efeitos debilitantes da síndrome. Haverá motivos reais de comemoração a partir do momento em que as pessoas entenderem que a vida é frágil e preciosa demais para que a arrisquemos com uma conduta irresponsável. Muitas vezes, um breve momento pode mudar toda a nossa vida. E lembremos que não podemos desfazer o que já aconteceu.