BEBER OU NÃO BEBER?
Todos vimos recentemente a tragédia que envolveu aquele garoto que saiu de táxi porque iria beber e, depois de beber, voltou à sua casa, pegou o carro para dar uma carona a uma colega e acidentou-se fatalmente quando voltava.
Penso que este fato nos deve levar a uma reflexão. “Quando beber não dirija e quando dirigir, não beba” diz a campanha. No caso em questão, houve uma decisão de bom senso enquanto havia lucidez. Depois, entretanto...
Uma vez embriagado, uma vez excitado pelos vapores do álcool, que sentimentos, que pensamentos podem emergir das profundezas obscuras do desconhecido universo de uma alma?! É o que temos visto todos os dias com profundo pesar!
Não podemos, contudo, nos restringir ao álcool. Temos que considerar todas as drogas que podem de alguma forma alterar o estado de lucidez, mesmo aquelas, como o cigarro, que podem matar discretamente o usuário e seus amigos, exatamente como o acidente de automóvel, com uma única diferença: Esta tragédia dificilmente aparece nas manchetes dos jornais.
Não venho aqui com um discurso moralista! Quero apenas propor uma reflexão. É que, talvez, a consciência já esteja alterada antes de se consumir a droga, que apenas acentua este estado, quem sabe porque assim o deseja o infeliz consumidor, num surto de autodestruição.
Pode ser que, para reduzir esta terrível estatística, tenhamos que recorrer a recursos que transcendam às ferramentas materiais e aos apelos materialistas que caracterizam o homem moderno, já que, paradoxalmente, quanto mais avança na tecnologia, mais infeliz se sente!