Autoanálise

Sou do tipo que rio sozinho, falo com objetos, conto nos dedos até cinco, reconto, brigo com latinhas nas ruas, dou vida ao que não tem.

Choro e sorrio ao mesmo tempo, conto piadas sem graça e rolo de rir de mim mesmo!

Brinco, falo alguns palavrões, cumprimento às vezes. Há dias que estou para todos e também dias que nem para mim mesmo.

Corrijo, repito a mesma coisa várias vezes, ajeito tapete desalinhado com o rejunte dos pisos, diga-se de passagem em qualquer lugar que eu estiver, verifico a porta mais de três vezes, arranco pedacinhos de cutículas no cantinho dos dedos.

Dou boa tarde às dez e meia da manhã, conto em mente se na minha mochila estão as chaves, o remédio, o crachá.

E me pergunto? Sou normal?

Eu mesmo me respondo:

_ Sim, claro que sou.

Passados alguns minutinhos repito tudo de novo.

Só funciono com rotinas, odeio surpresas mas adoro surpreender...

E assim vou levando a vida, ajeitando quadros na parede, tirando ciscos dos móveis e com um belo sorriso sempre acompanhando!

Acho que sou normal até demais. Me emociono fácil, até mesmo com gestos simples como uma mensagem de bom dia no celular, injustiças e por aí vai.

Assim é a vida de um libriano decidido, amável, de gênio forte, mas se alguém tentar me mudar..., aí complicou foi tudo!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 29/11/2012
Reeditado em 29/11/2012
Código do texto: T4012018
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.