RECORDAR É VIVER DIZ O DITADO. E RECORDAR É SOFRER COM O PASSADO.
RECORDAR É SOFRER
Desde menino que ouço essa frase – recordar é viver -. Isso ocorre, quando abrimos o baú de fotografias e começamos a ver como eramos no passado e, dos momentos bons que passamos, lembramos dos amigos que não vemos mais... etc. Agora, uma das recordações que mais amarga o peito é a que vem com a música. Por esses dias estive numa grande mudança e faxina nos alfarrábios, e na limpeza dos supérfluos, tais como livros, disquetes que não se usa mais, materiais que carregamos, - os chamados sacos de ossos -, Garcia Marques. -. Dentre todos esses afins, uma surpresa veio a calhar e cheguei a conclusão de que recordar antes de tudo é sofrer, um sofrer-vivente que agita a alma da gente. Ao chegar num dos quartos que estava sofrendo varredura, dwonloads e supérfluos, sem perceber, enquanto alfarrabiava velhos textos, por traz, estava, minha filha, caladinha; caladinha, foi quando olhei, e vi... eu vi. Todos os meus velho discos de vinil, fora das capas, era um número grande de vinil. É evidente que uma criança de seis anos tenha a curiosidade de saber sobre coisas que nunca viu, e tecnologias a serem explicada dos tempos passados... etc. Mas, porém, entretanto, tudo... fora, às explicações, tive que retornar todos os vinis, porque a autora do feito se recusou a fazer... eram muitos. Pois bem, procura-se capas e os correspondentes... ai... meus caros, começou o sofrimento. Alguns Lps, que ainda tinha uma capa de plástico envolvendo a capa de papelão, dentro um outro plástico que envolve o vinil, sabe-se que o vinil era sutil a bruscas manobras, quantos disco arranhados foram danificados, deixando de se ouvir, pois – está arranhado -, até certo tempo, existia um produto que ainda restaurava o som. A coleção era diversificada, tinha de tudo, até um – mini vinil -, que vinha com duas músicas, de Elvis Plesley, Secos e Molhados, junto com Benny Goodman – que alimentou a esperança de tocar clarinete -, chorinhos e valsas, uma orquestra de Cuba, Jorge Ben – Benjor, – numa capa que ele aparece sentado numa cadeira, sem a cadeira -... enfim foram horas de recordações que já estava me dando um nó no peito, pressão no tórax. E as lembranças de frases que nos vem a cabeça, de quando éramos pequenos, juntos com certas músicas que preferimos não ouvi-las mais, pois, um choro mudo é inevitável. Numa frase de um desenho animado de chamado Pepe Legal, ele dizia: doi... e como doiiii.... Dói e como dói mesmo, lembranças de músicas, que elas ficam com a as imagens, os momento de solidão, de boa companhia, de uma inevitável saudade, essa saudade é que é... das coisas que se foram que só você viveu, mais ninguém pode saber, só você viu... e ao fundo aquela música, daquele tempo... Enfim: cheguei ao fim. Coloquei todos os vinis nas suas devidas capas, e os guardeis... prolonguei a vida desse saco de ossos, sem poder me desfazer, e sempre pensando... vou passar tudo para CD... e ouvi-los um dia... que esse dia não chegue e leve o meu torpeço do passado para algum lugar onde possa dizer: Dói... e como dói... o recordar é sofrer.