O QUE ESTAMOS FAZENDO AQUI ?

O homem é o alienígena que habita o planeta Terra. Quem diria, hein? Aquele vizinho que voce considera estranho, mal educado, que bate o portão na sua cara; o motorista de ônibus que não respeita as leis de trânsito e ignora idosos nos pontos; o policial militar que atira em tudo o que se move; o senador que considera o peculato ofício da administração pública. São todos tão ET’s quanto nós.

Os donos, por direito, deste planeta que se encontra no sistema solar e está bem próximo ao sol, cerca de 150 milhões de quilômetros; que, aparentemente é um planeta ondulado, mas possui os polos achatados por causa do movimento que realiza em torno de si mesmo, seus verdadeiros habitantes vivem em uma espécie de “biosfera-sombra”, ou seja, vivem em microorganismos invisíveis, à margem da realidade que vemos.

Além de intrusos, somos despreparados e desmerecedores de tamanha riqueza, de tanta beleza natural. Agredimos o que não é nosso, desapropriamos e devastamos sem a menor cerimônia. Queimamos e poluímos. A história fala que estivemos aqui de forma primitiva. Eu tenho dúvidas, porque primitivo é secar rios, derrubar árvores, despejar produtos químicos nos lagos, lançar fumaça tóxica no ambiente.

Fomos convidados ou nos atiraram aqui? Será que viajamos em uma rocha, como a AHL84001 que caiu na Terra vinda de Marte? Temos muitas dúvidas e crenças. Não se tem duas respostas para uma mesma pergunta, se houver, uma tem que ser, irrefutavelmente, falsa. Mas com tantas respostas por aí para uma só pergunta, com tantos interesses religiosos e capitalistas envolvidos, não nos encontramos. E aí, de onde viemos? Para onde vamos? E o pior é que estamos aqui e não sabemos o porque.

Uma coisa parece certa, um alienígena não precisa ser, necessariamente, um ser gigante, ele pode ser um micróbio, algo fora da cadeia dos organismos vivos conhecidos, que vive na lama, como as crianças brincando entre esgotos a céu aberto, por exemplo. Assim como Deus pode não ser uma energia, ele pode estar sentado bem de baixo de nossos narizes e a gente não se deu conta disso. As perguntas, as mais impossíveis de serem respondidas, podem estar no sorriso e na inocência e não nas equações da ciência, nas cruzes levantadas pelo clero, ou na ponta nuclear de uma ogiva.

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 29/11/2012
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