a 10 é do paulo!

A 10 é do Paulo!

O Brasil não é o país do futebol. Não, nenhum outro esporte tomou o seu lugar em número de praticantes, seja a corrupção ou os assaltos. O Brasil agora é o país da literatura, muito embora não tenha aparecido por aqui um Shakespeare ou um novo Machado de Assis.

Não chega a ser estranho que agora estrangeiros quando perguntados sobre algum brasileiro ilustre cite Paulo Coelho em vez de Ronaldo e companhia. Bill Clinton lê Paulo Coelho. Will Smith lê Paulo Coelho também. Só não continuo a lista porque só sei esses mesmo. Mas já é um avanço, né? Melhor ser conhecido como o país de origem de um escritor de renome internacional do que a pátria mãe de algum traficante de renome internacional, com o perdão da falta de coerência.

Bom, observando isso também decidi embarcar na prática literária. Qual será o meu estilo? Não, nem vou seguir Paulo Coelho ou Lya Luft e suas literaturas de auto-ajuda. Eu, como sempre, farei algo inovador! Farei literatura de "desajuda", com o perdão do neologismo formado por prefixação. Para tal enumerei algumas situações como exemplos de coisas que acontecem diariamente e uma frase que eu usaria e que você, nefasto leitor, a partir de agora poderá fazer uso também.

1)quando alguém disser algo que você não perguntou: "não me lembro de ter te perguntado alguma coisa".

2)alguém disser prazer depois de ter sido apresentado a você: "o prazer foi todo seu".

3)alguém te contar alguma coisa com certa empolgação: "nossa, que legal..."*

*Caso isso ocorra no msn a frase deve vir acompanhada de um smile sonolento.

4)alguém disser que senta saudades ou que muito lhe preza: "pena que não posso dizer o mesmo".

5)alguém se sentir mal com um desempenho ruim, na escola por exemplo: "para quem é ta bom..."

6)alguém parecer infeliz com determinada situação e vier desabafar contando alguma história: "também né..."

Bom, com o perdão da coloquialidade, podem acreditar que tais frases feitas são ótimos recursos de "desajuda". Todas já foram testadas e aprovadas por mim mesmo, acho que alguns dos meus "comentantes" podem atestar isso.

Saldo do Post:

1)Número de metáforas feitas de forma muito inteligente: 1 ( "um Shakespeare ou um novo Machado de Assis."

2)Pessoas cujo primeiro nome seja William e foram citadas no post: 3 ( para quem não sabe "Will" e "Bill" são abreviações de tal nome).

3)Número de neologismos que deixariam qualquer gramático ( tipo, gramático não é quem gosta de grama) "bolado": 2

4)Neologismo formado por prefixação: 1

5)Neologismo formado por sufixação: 1

6)Incoerência que eu consegui detectar: 1*

* "Melhor ser conhecido(...), com o perdão da falta de coerência". Tendo eu feito uma espécie de paralelo entre um escritor e um jogador de futebol anteriormente, deveria ter usado ambos novamente. Mas isso foi deixado de lado para dar lugar a uma ironia. Ah, nem contei os números de ironias! Enfim...