ISLÃ
Tive a oportunidade de assistir três pequenos documentários, pequenos na duração de tempo, mas grandiosos na importância e no tema abordado.
Todos três documentários relativos ao Islamismo, à pregação da religião Islã como única e absoluta crença, é algo abominável e presente a todo tempo, pior ainda, é saber que a pessoa não adepta a religião sofre várias represálias chegando inclusive a morte.
Um destes documentários é do cineasta Theo Van Gogh., “Submissão – Parte I”(2004), retrata a repressão sofrida pelas mulheres Islã.Theo foi assinado em 2 de Novembro de 2004, teve sua jugular cortada, o autor do crime foi um fundamentalista islâmico Mohammed Bouyeri, que junto ao corpo deixou carta de ameaça de morte a Ayaan Hirsi, parlamentar e roteirista do mesmo documentário. Bouyeri quando confessou a autoria do crime, afirmou que agiu em nome da sua religião e que voltaria a repetir o ato. A morte e a ameaça ocorreram devido a uma cena do documentário onde uma mulher tem os versos do Corão (livro sagrado Islã) tatuados no corpo, a cena os revoltou, e foi tida como alto desrespeito. As demais partes do documentário foram aceitas com tranqüilidade, cicatrizes, feridas, hematomas, oriundos da agressão do marido da personagem. Passa batida a questão do casamento arranjado, violências sexuais e outras crueldades proferidas contra a vida e dignidade do ser humano.
No outro documentário uma multidão e convidada a matar outros que não aceitam o Islã, uma criança indagada sobre o que seriam os Judeus, responde sem titubear: “São porcos e macacos!”. Frisa-se, uma criança de apenas três anos com esta visão preconceituosa instalada. Já no terceiro vídeo, abordam a mutilação genital, em que várias mulheres são submetidas, um ato de total crueldade onde muitas acabam por perder a vida, e as que resistem ficam com feridas físicas e psicológicas.
Exterminar a prática, mais do que desrespeitar questões culturais é valorizar a vida, é acolher o ser humano em toda sua amplitude. São vários os paradigmas que devem ser quebrados. Há vários muros invisíveis aos olhos, mas sentidos na pele, que devem ser derrubados. Há milhares de pessoas a todo tempo, minuto, sendo vítimas de algum tipo de violência de forma “silenciosa”. Em muitas das vezes, pelo simples motivo de não aceitarem a religião posta, não há espaço para outras visões, as pessoas são submetidas a “respirar o mesmo ar”, carregado de ódio, de repulsa, de desrespeito.
Fico extramente chateado em assistir certos atos, e me sentir impotente, por nada poder fazer. É cruel a intimidação, a falta de liberdade. Os direitos humanos devem estar nas casas e nas ruas, sempre. Difícil pensar que as grandes atrocidades do mundo estão emaranhadas, estão motivadas por questões religiosas. Pessoas morrem, pessoas matam, em nome da religião.
É utópico sonhar com um mundo de paz, mas é preciso. Vamos juntos caminhar na mesma passeata!