Sobre o fim do mundo ...
Se creditadas as versões de alguns fatalistas estamos todos condenados aos nossos últimos instantes de existência neste planeta . Assim como em outros momentos da história, profecias indicam o fim dos tempos . Será chegada a hora , portanto , de dizer adeus ...
Ou não ...
Há outros , nem tão fatalistas assim , que interpretam as profecias com outra dimensão menos catastrófica . Dizem eles que haverá tão só uma grande modificação tanto no planeta quanto na espécie humana.
Não haverá o fim do mundo.
Dizem eles que a data esperada no mês de dezembro servirá para que sejam reencetadas novas relações entre nossa espécie e a terra . Que o homem entenderá sua inserção como um ser universal e não apenas como um usuário predador do planeta.
Alguns colocam a ferver no mesmo caldeirão conceitos da Bíblia Sagrada com Profecias de Nostradamus e interpretações variadas do calendário Maia. Ufólogos, pesquisadores, arqueólogos, enfim, inúmeros personagens dão suas cotas de opinião.
Homens proeminentes como Aldous Huxley entregaram grande contribuição à diferenciação entre um modelo de ciência material, quase ateia , e outro de ciência esotérica, ressonante e transcendental . Particularmente eu aceitei macerar esse pensamento crítico quando , há alguns anos , li o “Elogio da Loucura” de Erasmo de Rotterdam.
Passei a acreditar que a ciência pura e exata não traz felicidade e dei muito crédito às conclusões de Erasmo . Desde então me somei àqueles que pensam que a fé e o misticismo podem – e devem – conviver com a ciência exata e que há um fundo de verdade em todas as previsões esotéricas.
Uns desacreditam totalmente disso tudo, enquanto outros acreditam tanto nas previsões que até formaram comunidades prontas para esperar ( e enfrentar ) as datas apocalípticas. Nestes momentos , alguns fazem discursos religiosos inflamados e outros exercem moderação e conciliação de conceitos longe de livros sagrados ou templos decorados. E há , por fim , os que ficam totalmente indiferentes.
Você, que se deu ao trabalho de ler este pequeno texto, certamente , se não havia ainda escolhido um desses grupos para se filiar, sairá dessa leitura com a sensação de quem realizou uma escolha e saiu “de cima do muro”. Nem que seja pela seara da indiferença ...