L'ultimo incontro

Durante a primavera sangrenta o conselho se reunia em Roma para tratar de assuntos internos e reestruturação de batalha. A pauta consistia na separação das tropas formando uma estratégia ousada de ocupação da Bretanha e dividia opiniões entre os catedráticos voluntários.

A comissão eleita chegou na madrugada trazendo mapas, documentos e bebida. Donos da razão, eram odiados pelos demais que comiam areia em nome do império. Andavam perfumados e miravam os pobres mortais de cima pra baixo, mas ninguém tinha culhões para confrontá-los na reunião. Sempre ouviam as balelas introdutórias, concordavam, assinavam algumas coisas sem ler e saíam para não perder tempo.

-Os cães estão em marcha e o tempo é igual para todos.

A insatisfação era notória e todos sabiam que era questão de tempo até alguém levantar voz contra o conselho. Os tão temidos homens de Cesar que transportavam pergaminhos importantes e licença para punir á revelia.

Bêbado e indignado, Platos arredou cadeira após o mensageiro ordernar as trombetas. Se colocou próximo a porta, estendeu os braços e disparou:

-Os micos de estimação estão chegando! As marionetes de Cesar!

-Abram alas para os capachos do imperador!

-Imperador esse que se esconde entre as paredes do senado enquanto lutamos a sua guerra!

-Um covarde em trajes da burguesia!

Quando cuspiu a última exclamação as cortinas se abriram.

Era Cesar.

Nunca mais se teve notícias de Platos.