Aprendendo pela dor
Dividir o que não se tem para no momento seguinte ir em busca do lucro auferido pelo esforço do outro é algo freqüentemente feito por indivíduos que tem como meta de vida realizar caixa trabalhando o alheio, ou seja, qualquer coisa menos a sua pessoa.
Em geral, se mostram criaturas de bem, mas quando se olha com atenção seu proceder, percebe-se claramente que seus atos são permeados de promessas vãs onde as ações se desenvolvem no futuro e por isso, ao contrário do que frequentemente pedem, jamais dispõe de tempo para tarefas desenvolvidas em comunidade.
Quando fazem alguma coisa, em geral são os primeiros a colher os frutos divididos com as sobras como se estas fossem o total - raramente se deixam levar por argumentos alheios a sua vontade e mesmo quando se rendem a algo, em geral a razão continua com alguém próximo, pois é característica desses serem agirem em bando colocando a vontade suprema nas mãos da consciência coletiva como saída para pulverizar suas jumentices.
Que o dia que amanhece eu tenha discernimento ao dividir meu tempo, pois tudo que é material, quando se divide some da mesma forma de quem pensa estar lucrando com o alheio - fazendo nossa parte, estaremos respeitando o outro da mesma maneira que gostaríamos que ele nos respeitasse - se não conseguir, tudo bem - o sofrimento também ensina e quem sabe um dia ele aprenda pela dor.
Manoel Claudio - 04/03/07 - 06:00h