O "EU"....
O “Eu” é a única forma de sermos nós mesmos. Há outra? Evidentemente não.
Outra forma seria contrafação, o algo que está do nosso lado, ou visado copiar, falsear, incendiado pela torpe inveja, negra e cinzenta vontade, espessa de contaminação do coração e aspereza da alma, o que queremos ser e nunca poderemos ser, nem incentivado por alguém ou algo para prosseguir no intento, pois é outro “EU”.
Não nascemos para ter “EU” diverso do nosso, não seremos o que a natureza não nos destinou...
Para que nosso “EU” seja maiúsculo, necessita ser o que é.
São outros “EUS”, inalcançáveis, os dos outros.... Viva cada um seu “EU”, distanciado dele será infeliz. Ninguém conquista dons, inclinações, ou legados da natureza.
Miró, pintor de nota, nem desenhar sabia, tinha muita dificuldade, ganhou notoriedade, mas seu talento tem o tamanho do seu “EU”.
Salvador Dalí é um gigante sem medidas do desenho. Quem tem sua perspectiva? Ninguém...
Miró misturou suas fezes com tinta e lançou na tela, passou a desenhar com a mão esquerda, depois de manipular a direita de forma satisfatória. E tripudiou...... compraram minhas fezes...Era uma certa frustração com a recusa inicial de sua obra...
Nascemos com a individualidade listada em DNA, ácido ribonucléico, descerrado para a humanidade faz pouco tempo por Collins; o mapeamento da vida. De forma infinitesimal, 9,9999, nada há igual, e assim são os corolários, traço e digital. Hoje a íris, inclusive.
Mas há “eus” e “eus”. Os que servem e se aparelharam na vida para serem úteis, obedientes aos seus "eus", que auxiliam a todos que precisam por etiologia preservada, que dá azo à vida através do oxigênio e impulsiona a bondade que veste a virtude, com a qual todos nascem, a inocência, que mais tarde pode ser maculada pelo “EU” QUE NÃO PRESTA.
E não presta, e escolhe este caminho, por ser um “EU” que não quer conhecer seus limites, sempre alargados na sanha de “dominus”, senhor.
Quer voar o voo impossível, e nunca será uma águia, não passará de um voo de galinha....mas continuam em obra avassaladora em número, mas acanhada de zênite apagado.
Mas é o “EU” senhor de particularidades, o “EU” antônimo, negativo, que não enxerga seus próprios passos, e vai bailando achando que todos estão dançando no baile que promovem. Mas acham graça....assistem, assim mesmo, a dança....
Colocar para fora sentimentos, comunicar-se (vivendo a era da comunicabilidade maior), é mais do que legítimo, mas não faz de ninguém poeta, sem métrica, divisão ortodoxa, enfim, gramática, gênero da língua.
Como a “novidade” sem curso regular , por falta de autoridade dos gramáticos de renome, nominada “aldravia”. Não obedecem sequer o que seria sua origem, metonímia e sinédoque (emprego de um termo em lugar de outro), embora atualmente não se faça mais a distinção entre ambos na relação de extensão. O conceito de metonímia prevalece sobre o de sinédoque, mas tudo isso é desprezado.
Há um marco indiscutível na respeitabilidade do “EU”, não observado, daí a calamidade existencial, referência contraditada pela inveja de quem tudo desconhece, até mesmo a mais rala história da humanidade.
Onde está a iconografia que contesta os “EUS” botos e coxos? Em Cristo.
Em Cristo? Dirão alguns que têm o direito, com respeito, de negarem a exclusividade desse SER ÚNICO, de sua arquicadeira, sem nada escrever, um vocábulo que seja, com a póstera bondade de ensinar.
Sim, EM CRISTO. Mostrem outros, que não sejam seus discípulos, e a vida passaram sem “EUS” de alguma forma assoberbados pela disputa, pretensão e vã-glória de pretenderem ser o que nunca foram e jamais serão.
Vão perder tempo....
Os “EUS” têm limites, é preciso ter o discernimento mínimo para conhecê-los, “logos” mínimo, pensamentar caminhante que seja “pela rama”. E cada um conheça o seu, e viva-o, sob pena de ficarem expostos ao sabor da análise corriqueira da superficialidade em ser.
Mitificar o “EU”, mitificação pesarosa, não é bom para o “EU PRÓPRIO”.