BLACK FRIDAY
Black Friday, famosa data em que o comércio reúne preços baixos, e clientes de montão, faz muito sucesso por aqui.
Soube que ela se instalou pelo nosso país também. Só não sei se com seriedade. Ontem, li vários relatos de consumidores brasileiros, reclamando do preço que primeiro foi aumentado, para depois ser diminuído.
Por aqui, as lojas estiveram lotadas. Pelo menos as que vi, fui matar a curiosidade, de como é uma black friday.
Caminhei pela Quinta Avenida. Quer dizer tentei, pois ela estava entupida de gente.
E não adianta rotular somente o povo americano de consumista. Sentada em um dos bancos no Rockefeller Center, via pessoas do mundo inteiro transitando, com as mãos repletas de sacolas. E brasileiros não faltaram, por ali.
Fui para atender uma curiosidade, pois o consumo não é um dos meus sete pecados. Transitei pela avenida, me sentei para observar, e entrei em algumas lojas, só para me certificar se realmente a Black Friday é séria. E constatei que é. Os preços caem mesmo.
Em uma grife famosa de bolsas, preferida por 11 entre cada 10 brasileiras, (exagero, meu, rss) tinha fila, na porta. Esperei na fila, e pude perceber que as duas senhoras à minha frente, eram brasileiras. E ansiosas, listavam o que queriam comprar, quando conseguissem entrar.
Finalmente entrei no famoso templo de consumo, fiquei boquiaberta, com o número de pessoas que escolhiam bolsas, carteiras, malas, encharpes. Por curiosidade, pequei uma encharpe para verificar o preço na etiqueta, e quase tive uma síncope (minha tia, usava muito essa expressão, rss) o pedaço de pano macio que eu tinha entre as mãos custava a bagatela de 670 dolares.
Nessa loja os orientais ganham de qualquer outro consumidor, vi alguns saindo com até 5 sacolas nas mãos.
Saí dali, e continuei meu giro, meus olhos passeavam pela multidão, rostos e idiomas diferentes desfilavam pela grande e charmosa avenida. Todos de olhos atentos nas vitrines, e quanto mais filas as portas das lojas, mais e mais o consumidor parava e esperava. Afinal, para alguns, vale tudo pelo desafio de comprar grifes famosas por um preço menor.
Ah, para não dizer que nada comprei, voltei para casa com um casaco de lã, na cor vermelho cereja, com botões em couro preto. Ele me atraiu, pelo frio que faz aqui, e pelo preço. De 110 por 48 dolares.
(foto da autora- Quinta Avenida, ontem)