Longe do clichê!

Não rara e com uma frequência maior do que gostaríamos é essa sensação de que os assuntos e as pessoas que nos rodeiam tornaram-se absolutamente clichês. As conversas são as mesmas, as piadas são antigas e sem graça, as novidades transformaram-se em uma tediosa rotina. Até o sorriso, por vezes, é forçado, artificial e realizado por uma simples questão de companheirismo, porque bem no fundo – ou nem tanto assim, na própria superfície tal sentimento já pode ser notado – aquilo tudo já não mais faz sentido, já está saturado e acabado. Não se trata de perder apreço por alguém que se gostava em outro tempo, a questão aqui tratada não é essa. Reporto-me agora à um tédio decorrente de um mesmismo que nos persegue igual à um lobo que busca incessantemente sua caça. A terrível sensação de que aquela situação não lhe interessa, nem tão pouco lhe importa, não é legal, não é chato. Não é nada. É quando precisa-se urgentemente mudar de ambiente ou conhecer novas pessoas com novos interesses em comum. E finalmente, em alguma pequena frase dita por essa ou aquela pessoa antes desconhecida, você nota que sim, a vida ainda tem graça, ainda existem muitos outros assuntos a serem tratados sob as mais diversas óticas e você precisa apenas de paciência para novamente conhecer e deixar ser conhecido por elas.

mmmalencar
Enviado por mmmalencar em 22/11/2012
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