MODERNIDADES...
Estava fazendo uma reflexão agora a pouco, logo que acordei, instintivamente peguei o telefone celular não somente para olhar ás horas, mas para ver os recados e mensagens no aplicativo Whatsapp. Fui a cozinha fiz um café de cafeteira elétrica, esquentei o pão de forma na torradeira também elétrica. Simultaneamente liguei o rádio e a televisão para ouvir e ver as recentes notícias corriqueiras. Fiz tudo calado sem solfejar alguma palavra. Logo todos estavam acordados. A máquina de lavar ligada, a lava louças também. Observei que um dos meus filhos foi direto ao vídeo game, o outro ligou o Notebook, e manejavam o telefone celular, sincronizados no Facebook e whatsapp, pasmem, eu também.
A impressão que tive e que agora tenho, é que quase tudo hoje, são eletrônicos modernos. O bom dia também se tornou eletrônico, com esse tal de "WhatsApp", até namorar também. Fazemos tudo quase eletronicamente...., é isso?
A modernidade se alojou aos nossos costumes, alojou não, trocamos sem perceber, sem hesitar.
A evolução nos impregna, a medida que percebemos o que mudou em nós, se fez a tempos e, só percebemos agora em um "xoque" de realidade. Percebo que mais ou menos em 100 anos, a revolução industrial e a tecnológica mudaram e, continuarão a mudar nossos hábitos e formas de nos expressarmos e interagirmos.
Fui em uma festa, dias a traz, percebi que das 30 pessoas que pude contar, 20 estavam falando ao telefone, e as outras manuseando a internet, Facebook e WhatsApp. As pessoas totalmente compenetradas com a tecnologia, enquanto em tempo real, um irônico silêncio....
Ser contemporâneo percebem vantagens, claro, mas, também nos faz menos espontâneos e menos naturais....,quase autômatos.
Eu ainda guardo aquele resgatar saudosista, inserido em minha mente pelo lirismo de alguns anos a traz. Perdemos o romantismo de poder fazer um café de coador, ou aquecer um pão na frigideira de ferro, ou até mesmo colocá-lo espetado em um garfo, direto na boca do fogão. Ligar o rádio e ouvir uma linda canção mais popular, uma daquelas de raiz, caipira, ou não .Pegar o jornal, aquele impresso na rotativa, jogado pelo ciclista e, se recuperar do susto, do barulho do impacto do jornal na porta....saudades....
Isso não é nostalgia, são fragmentos de lembranças que nos rementem a imaginarmos que a evolução não pára, continua a fazer cativos, quase que inconscientes, inclusive eu.
Mas entretanto, há os que dizem que estamos ainda na "idade da pedra"e tudo ainda é muito lento, vagaroso.....
Eu estou velho , ou atrasado?
Prefiro a nomenclatura de que sou apenas, Romântico....
Romulo Marinho