Entre gritos e bocejos
Ainda dormindo ouço muitas vozes, berros, mugidos e cacarejados, característica da vida no campo.
Em um momento juro está em meio ao pesadelo, no outro, ouço nitidamente minha mãe gritando:
_ Acorda! Acorda! Tá na hora...
E abre a janela, sinto o sol no rosto e percebo que não se trata de um sonho ruim mas sim da minha tediosa rotina. Levanto da cama (que é o único lugar que ainda me sinto tranquila), ainda sonolenta
Lavo a louça de ontem, entre um bocejo e outro ouço as reclamações da minha mãe , pela bagunça que meus irmãos fizeram, e não sei porque, pois sempre sobra para eu arrumar.
Como não quero fazer do meu presente meu futuro, devo estudar para conquistar meu lugar no mer
Cado de trabalho, e assim realizar meu sonho enquanto é tempo e garantir meu espaço na sociedade.
E vou seguindo com minha rotina diária esperando futuramente e relembrando o caminho percorrido e poder me orgulhar de ter acordado cedo com os gritos de minha mãe que um dia lembrarei com saudades e entenderei que as coisas boas da vida não são fáceis e vez por outra precisamos precisamos ser acordados para os desafios que ela nos apresenta.