Tédio, esse é meu drama.
Ao som de: Quase Não Dá Para Ser Feliz - Dalto, retorno ao mundo das lamúrias.
A Bíblia ensina que quanto mais reclamamos, menos forças nós temos. Bom, se está escrito, não duvido.
Só não sei não reclamar, pq não é fácil recuperar as forças assim tão "divinamente".
Estou com muito tédio.
Como posso sentir tédio se trabalho, saio, danço, converso ao tel. com amigas, com família... sou mãe, mulher, dona-de-casa... brinco com filha, nado em minha piscina, ouço música o tempo todo, dou banho no cachorro, subo em árvores pra colher frutos, ando descalça pelo quintal, ando de patins, cuido de minhas plantinhas, mexo e remexo aqui e acolá???
Tem a resposta? Eu não tenho.
O fato é que estou com muito tédio há muito tempo.
Andei um tempo tranquila comigo, com meu íntimo, agora voltou tudo. Aquela agonia infeliz de insatisfação, de infelicidade, entende?
Corro pra minha "caixa de pessoas"... teclo aqui, alí e nada me apetece. Quando percebo, estou caçando quem esteja disponível para um papo, para curar meu tédio.
E, como um tapa, Khalil Gibran ensina: "O amigo é a resposta aos teus desejos. Mas não o procures para matar o tempo! Procura-o sempre para as horas vivas. Porque ele deve preencher a tua necessidade, mas não o teu vazio."
Ok, Sr. Gibran.
Pura verdade.
Então, como foguete desligo meu computador e não compartilho meu momento "tédio de ser".
E sigo assim: desnorteada e vulnerável.
E vou reclamando...
Não mudo nada. O que fazer pra mudar quando temos tanto em jogo?
Estou falando do quê mesmo? Ah, sim! Do meu tédio.
Miguel Unamuno, sussura-me: "Quase todos os homens vivem inconscientemente no tédio. O tédio é o fundo da vida, foi o tédio que inventou os jogos, as distrações, os romances e o amor."
Tá explicado.
ai ai...