Entendendo as Maricotas.

Entendendo as Maricotas.

12\04\2010

Este é um texto que poderia começar com aquelas adivinhações do tipo o que é o que é, o que quanto maior menos se vê? A escuridão ( para os curiosos e esquecidos). Nesse caso a pergunta poderia ser o que é o que é? o que quanto mais se convive menos se conhece?

Essa eu não vou responder, pois todos já sabem. Ou será que não, é possível? Bem, em respeito aos platônicos, aos celibatários, aos totalmente alienados e principalmente àqueles que não sabem o que é bom na vida, lá vai a resposta, sim são as Maricotas.

Maricotas são nossas esposas, companheiras, amantes, amigas, “tias”,primas, etc., etc. Sim aquelas que se prendem a uma argola como símbolo de posse, aquelas que estando junto querem estar separadas e estando separadas morrem de saudades. Tem ainda aquelas que sendo sinônimo de sensatez tem relacionamentos insanos e aquelas outras que demoram anos na companhia de alguém para descobrir que sempre estiveram sozinhas em sonhos e fantasias que só são belos porque são irreais.

Quisera eu poder entendê-las e fazer delas princesas, esposas, amantes, amigas, satisfeitas e felizes.

A vida é maravilhosa. E é maravilhosa porque não é constante, ela oscila. Vida é feminino, e como fêmea oscila, requebra, rebola, vida é “rebolation”.

Mas será que as Maricotas teriam graça se fossem entendidas. E o mistério, o imprevisto, a constante e incessante conquista, a falta de rotina, a surpresa, a descoberta, onde ficariam? Não, é melhor deixar como está e para isso reformulo minha frase:

Quisera eu poder fazer delas princesas, esposas, amantes, amigas, satisfeitas e felizes, sem entendê-las.

Ah Maricotas!

Geraldo Cerqueira