Fleches de luz

Olhei as luzes acendendo

Olha como são bonitos,

Os fleches das câmeras

Os enfeites de novembro

Há como posso me esquecer,

De como me fez feliz a noite

Que acabou com meus maus preceitos

Com o que de feio ainda tinha visto

Aprender o que é voar, é difícil

Quando se tem as pernas que continuam sem estar soltas,

Que por mais que os anos digam que não é real estar assim

A gente acaba sem querer acostumando-se com esse ideia

Tempo pra poder estar nas estrelas

Tempo pra poder cair do que é disperso

Tempo pra se ver uma mulher que precisa ainda ser feita

Tempo pra se ver diante de quem é

Agora não tem mais planos por serem descobertos

Ela demorou sem perceber que ela é o plano

Ela está diante de um palco do qual ainda não sabe representar

Ela precisa de um melhor meio de mundo

Ela quer ter a vida na alma, e a alma na vida

Ela está feita por ser feita

Ela saiu pela primeira vez em noite de luar

Ela agora sabe o que gostar de estar no ar,

Mesmo estando muitas horas no chão

Isso não pode ser uma expectativa, única escolha

Isso é uma rua larga que ainda não passou carros

Isso é um meio de descoberta pelo o que é viver e viver.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 15/11/2012
Reeditado em 15/11/2012
Código do texto: T3987515
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