"DEUS SEJA LOUVADO". TIRAR A EXPRESSÃO DAS CÉDULAS.....

Acho, opinião pessoal, sem nenhuma conotação jurídica, que constar o nome de Deus em nossa moeda, é reduzir a importância transcendental da fé, para nonadas da miséria humana, dinheiro, que envolve todos os tipos de interesses.

Por que louvar Deus em papel-moeda? A maior lição sobre justiça foi dada por Jesus, que instigado pelo judaísmo conservador a dizer sobre sua cátedra, que seria exposta qualquer fosse a resposta, confrontando o Império Romano a quem judeus pagavam impostos, ou aos compatriotas que eram sangrados em tributos, mostrada a moeda com a face de Cezar, disse: “DAI A CEZAR O QUE É DE CEZAR E A DEUS O QUE É DE DEUS”.

A entidade que deu causa ao PRIMEIRO MOVIMENTO não precisa nem devia ser louvada em moeda, mas pela fé e nos sacrários simbólicos para os acreditados nessa luz.

O MPF Público Federal, sob o princípio da igualdade de todos e da laicidade do Estado, promove ação pública para que não conste do dinheiro brasileiro (cédulas), a expressão “Deus seja louvado”. E pleiteia liminar para efetuar a mudança. E quer a concretização em 120 dias. Coloque-se o custo desse “desejo” para o Estado e pergunte-se: por quê?

Atentaria a frase contra a igualdade religiosa, favorecida uma religião.

Mas um Deus cuja origem só se sabe por estar no preâmbulo da constituição sem citar a religião.

E argumenta assim:

“Imaginemos a cédula de real com as seguintes expressões: ‘Alá seja louvado’, ‘Buda seja louvado’, ‘Salve Oxossi’, ‘Salve Lord Ganesha’, ‘Deus não existe’.

Não seriam também DEUS para seus crentes e descrentes?

Nada se reporta a JESUS CRISTO!

No preâmbulo da Carta Magna, aprovada em 1988, constam os dizeres: “nós, representantes do povo brasileiro, (…), promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil”.

O Ministério da Fazenda afirma que a inclusão da expressão religiosa nas cédulas em 1986, existe por determinação direta do então presidente José Sarney. O apadrinhamento é como a ressalva inicial... .

Bom lembrar, o dólar norte-americano, também contém frase de cunho cristão: "In God we trust"; na tradução: "Em Deus nós confiamos.”

Alguns tribunais retiraram dos COLEGIADOS a Cruz. Dos gabinetes pelos quais passei em minha vida pública, ninguém ousaria tocar no Crucifixo.

PS-

Jackeline, nada há em termos legais que autorize oficialmente ser o Estado Brasileiro seguidor desta ou daquela religião. O Estado Brasileiro é laico em termos legislacionais. Não se distingue onde a lei não distingue. No preâmbulo da Carta Política,"sob a proteção de Deus..", é forma costumeira (e costume não revoga lei)pela recepção brasileira de maior porção de católicos. O Superior Tribunal de Justiça quis, faz alguns anos, tirar a cruz de seu recinto por decisão de um Presidente de outra crença. Matéria submetida ao plenário e recusada pela maioria. O mesmo se deu no Tribunal Estadual,RJ, por ato monocrático do Presidente não submetido ao plenário. E retirou-se o crucifixo. Criou-se em outro local espaço ecumênico. Minha sala particular de trabalho, gabinete, não configurava o Estado, mas meu espaço de trabalho privativo. Só eu podia retirar crucifixos encontrados, nunca o fiz, obviamente. E a quem iria incomodar? Embora laico o Estado, acho que todo símbolo que significasse PAZ, DECÊNCIA, HARMONIA E LEI MORAL devia figurar nesses locais estatais, onde impera em nossos dias o inverso, lamentavelmente. Todos os crucifixos, budas, etc, que fizessem lembrar o que é bom. Obrigado por sua intervenção sempre apropriada minha querida. Abraço. Celso

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 15/11/2012
Reeditado em 03/12/2012
Código do texto: T3987177
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.