PADARIAS

Desde meus tempos de criança tive especial carinho para com as padarias.

Hoje, há uma em cada esquina, exagerando! Naquela época, não! Havia poucas em Santo André. Um dos meus prazeres era ir buscar “o pão nosso de cada dia”.

Ao redor de minha casa, na rua Guilherme Marconi, não havia uma.

As mais próximas eram a São Paulo, na Joaquim Távora, e a Paulicéia, na Avenida João Ramalho, próxima à Santa Casa, onde agora está o Restaurante Alfarre. A Paulicéia pertencia ao Serafim Garcia, pai do amigo Zé da Padaria.

No início dos anos 50, seu Serafim decidiu mudar para a esquina daquela avenida, com a Guilherme Marconi, onde construiu um belo prédio para a época, e ali instalou a Padaria Líder. A Paulicéia deixou de existir.

Outra inesquecível foi a dos Gardezani, na esquina da Cel. Alfredo Flaquer, com a Dom Duarte Leopoldo e Silva, que fabricava os famosos corninhos, e que, também, eram vendidos pelo proprietário, num carrinho de mão, como esses de pipocas, de doces, lá pela estação do trem.

Nenhuma dessas citadas sobreviveu.

Nos primeiros anos de 1950, igualmente, surgiu a Padaria Brasileira, de quem falarei, mais adiante.

Afastando-me de Santo André, devido aos estudos em São Paulo, por uns dez anos deixei de acompanhar a evolução dessa espécie de comércio, aqui na cidade.

Por volta de 1959, já frequentando o Bar Quitandinha, junto ao grupo de admiradores do Panelinha, comecei a tomar conhecimento de outras panificadoras. A Padaria Nobre, na Cel. Alfredo Flaquer, a Ideal, na Praça Embaixador Pedro de Toledo, o Largo da Estátua, e a Matinal, que abrigava o grande rival do Panelinha, a turma do Ocara Clube. Esta ficava na Coronel Oliveira Lima, embaixo do salão do C. A. Rhodia.

Atualmente, as padarias estão na moda. Essa atividade expandiu-se demais. As grandes são, na realidade, fornecedoras de refeições, são lanchonetes, pizzarias, cafeterias e sorveterias.

A Brasileira, de quem apenas citei de passagem, é a mais tradicional e famosa. Possui diversas filiais em Santo André, e uma em São Bernardo do Campo. Fundada ali pelos anos 50, de uns dez anos para cá teve um surto de crescimento muito grande, a partir de a direção ser tomada pela nova geração de seus fundadores. Modernizaram suas instalações, tanto na parte industrial, como na de balcão. Seu movimento, em todas as lojas, é impressionante.

Não posso deixar de citar, a Padaria Central, bem antiga, especializada em lanches, principalmente o de pernil, famoso em toda região. E as pizzas servidas em pedaços no balcão, muito apreciadas, com um número de venda diária impressionante.

Mais recentes, temos a Bela Vitória, muito extensa, no alto da Avenida Portugal, mais precisamente na Praça Allan Kardec. A Padaria Portugal, na avenida de mesmo nome, com serviço 24 horas. A Vitória Régia, lá na Vila Pires, e a Nova Vitória, no Bairro Jardim.

Todas com serviços bem diversificados.

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 14/11/2012
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