ELE, O MORDOMO, É O CULPADO! OU ALGUM ET!
Quem mais o poderia ser?
Ele, com aquele jeito educado, aquela aparência sóbria, é o assassino!
Porém, há um detalhe: não estava na cena do crime! Não importa!
Testemunhas viram-no, no mesmo horário da perpetração daquela insanidade, passeando tranquilamente no shopping com as crianças.
Mas, é o culpado!
Quanto a moça ,(à época) estava sozinha com a vítima, sem mais ninguém nas proximidades, nem dentro e nem fora da casa, é inocente!
Palavras do advogado de defesa dela: “não há nenhum indício que coloque fulana de tal no local do crime, no momento da prática delituosa”. Nenhum indício, é verdade, exceto o fato, de estar naquele local com a vítima!
Também disse textualmente: “eles não tem nenhuma prova científica que me liguem ao crime”. Verdade, verdadeira, não há necessidade de chegar-se tão longe, bastante os indícios. Para que prova científica?
Ta certo, a vítima, não tinha lá um passado muito nobre que o colocasse imune a qualquer tentativa contra sua vida, além de ter contra si o peso da idade, porém, naquele momento, naquele instante, “todos os caminhos convergiam para um mesmo sentido” e após o julgamento no Tribunal do Júri, a essas altura, um verdadeiro palco de divagações, o Ministério Público, provou por A+B ser ela culpada!
Seria realmente a culpada, se não tivesse o mordomo para culpar ou algum imbecil “extraterrestre” que por conta própria resolveu se intrometer em nossos assuntos terrestres. Passou por ali e resolveu eliminar o velho. Aliás, nunca entendi, por que tanta paixão da moça por ele, tudo corroborado quando da ligação de uma outra moçoila, integrante das fileiras a Polícia Federal!
De duas uma, (não das moças, da teoria) ou o sujeito era um super amante, superando de longe a atual recém-conquistada fama do ator americano Jack Nicholson, ou ambas eram duas interesseiras!
Porém, há perfeitos atenuantes em favor da moça, por isso, o seu completo descaso!
Primeiro atenuante: advogada formada! Segundo: sua mãe também!
Terceiro: é branca! Quarto: é rica! Quinto: o Tribunal do Júri é no Brasil!
Com tantas “qualificadoras” a seu favor, só poderia dar no que deu: “num circo!” Sim, onde até o magistrado entrou no picadeiro: “bateu boca”, com a mãe da até então acusada, depois foram os jurados sensibilizados, primeiro com a cor da moça, o bom argumento dos advogados e depois com a “violência da vítima!”
“Homem violento!” mandou matar... mas, o julgamento não era o dele! Mas, tudo indica que acabou sendo!
A sociedade libertou o mal e mais uma vez, perdeu a Justiça!
Pois é, isso me lembra o final da crônica intitulada Ladrões de Antônio Vieira, quando lá no final citou: “...quantas vezes se viu em Roma um imperador, um rei, ser levado ao trono por ter usurpado (se apropriado ilegalmente de todo um reino)o poder e no mesmo dia, a tarde, um homem ser condenado a morte por decapitação por ter furtado um bode!” E por aí afora!
Assim o é: no Brasil, enquanto houver advogados, essas leis, esses comprometimentos jurídicos, essa total parcialidade para com os abastados, etc., tudo permanecerá igual, até o fim!
Porém, voltando, se ela não cometeu o assassínio, e suponhamos que o mordomo também não tenha, então foi um et!
De outra maneira como explicar, tanto mistério gerado em torno de um caso, onde só havia (02) duas pessoas num único recinto fechado, uma delas é assassinada brutalmente, restando a outra ilesa e posteriormente num julgamento completamente parcial, é absolvida por total inexistência de prova?!
Ou foi abduzida e nesse ínterim praticou o crime ou algum malvado et, praticou-o e deixou cair a culpa sobre si...
Uma coisa é certa: a vítima foi condenada de fato e de direito!
Assassinado sem chance de defesa e julgado culpado sem poder externar sua indignação pela absolvição da antiga suspeita! (antiga ré)