“QUEM PLANTA VENTO, COLHE TEMPESTADE!”
Ser ou não ser do campo é uma discussão que não vai longe. Uns fogem do campo à procura de melhoria de vida nas cidade grandes; outros fogem da cidade, driblando a poluição e a violência...isto é o que afirmam em seus depoimentos. É certo, que há lugar para todos; no campo ou na cidade. No princípio, quando aqui habitavam somente índios, também era assim: Uns migravam para o norte, fugindo do frio; outros assumiam postura nômade, fugindo para o sul. Na minha opi-
nião, é da existência humana sair por aí; mesmo os que não migram acabam procurando outros climas para realizar seus momentos de lazer. Os que vêm para a cidade, tiram o sossego dos que aqui estão; os que partem para o campo, também, tiram o sossego dos bichinhos que vivem por lá: Querem caçar, pescar, desmatar, depredar ou mexer com a Natureza já sofrida, promovendo o descontrole ambiental. Livram-se da poluição poluindo, fogem da violência violentando.
No momento - o animal mais temido do mundo é o “homem”, porque nem sempre pensa bem e sem dúvida, torna-se um desastre, quando pensa mal. Uma pergunta:- Quem tem medo dos mortos? Muita gente tem. Mas... medo mesmo faz um ser humano armado de ódio e fome. Vê um inimigo em cada outro. Há ainda outra forma de vida indesejável: O “egoísta”. Este tem dificuldade de convivência coletiva; de respeitar a comunidade; amar o seu próximo, ou desenvolver com dignidade uma forma de vida sadia. É o que quer consumir sozinho, não abre espaço para ninguém, quer dominar o poderio econômico, concentrar em suas mãos o máximo de renda possível, gerando mais violência do que se pensa. Somos bem-dotados, temos pouco dote, ou não temos dote algum mas, precisamos igualmente sobreviver com um mínimo de decência "Quem planta vento, colhe tempestade!”