“Ele sorriu e disse “brasiliana”!!.”

Quando resolvi escrever este texto, foi pensando em relatar algo que aparentemente poderia ser uma crônica como qualquer outra. Mas na minha visão, busquei a escolher está, porque foi algo que marcou. Por que há muitas maneiras de fazer um amigo. E neste caso, foi completamente impossível. Pois na medida em que as horas iam passando, fui conhecendo está pessoa, onde as carezas das sensações empenhavam a esclarecer de fato, o que naquele momento estava acontecendo.

A sua “fragilidade.” Do que estava vivendo, naquele momento.

E quando você escolhe ajudar alguém sem ser obrigado. É realmente o que eu queria.

E desta forma, busquei viver aquele dia, a fazer companhia para está companheira, sem me preocupar da decisão que os outros, resolveram tomar. Nesta vida, agente está apenas de passagem. Cada um sabe da importância; “Escolher se exercitar ou se sentir fora do grupo!” E foi que aconteceu com esta minha amiga, enquanto estávamos hospedadas em um hotel em Roma (Itália). E só lembrar-se daquele dia, eu começo a rir das coisas engraçadas que aconteceram comigo, por causa deste desconforto, desta minha amiga! Então assim que todo o nosso grupo saiu para um novo passeio, fui até o quarto em que ela estava, que por sinal era ao lado do meu. E ao chegar dei algumas batidas na porta e foi quando escutei baixinho: “Quem é?” “Sou eu” , disse, “É a Neire”, e perguntei: “Está tudo bem? Fiquei sabendo que você não estava bem.”.

E foi quando ela abriu a porta, estava com uma aparência horrível, não parecia àquela mulher radiante, alegre dos dias anteriores. Estava pálida, tremula e disse para mim: “Nossa, estou tão mal, se eu morrer aqui na Europa é um descanso.” E foi se deitar, e do jeito que se deitou ficou e se pôs a lamentar sobre tudo que estava acontecendo. E ali do seu lado eu ouvia e aconselhava, e que tudo o que precisa fazer era resolver, o que esta lhe afligindo, e que ela tinha que entender que cada pessoa tem seu jeito, não podemos muda-la. E agente tinha por obrigação, vencer todos aqueles desafios e conflitos, e vence-los a cada dia, pois era o indicio que nós estamos vivos. Então era preciso, e que nós, estávamos do outro lado do mundo! Mas quando a pessoa se sente como uma montanha de entulho, a história muda e não adianta. Então a nossa missão e a nossa energia, se esgota. E para terminar aquela conversa, propus-me em ir buscar um chá e algo para que ela pudesse se alimentar, pois estavam horas sem comer nada, apenas tomando agua. Como eu! Então me levantei, fui até a porta e fiz um sinal, como daqui a pouco eu volto, e sai. Então fui para o restaurante do hotel. E chegando lá, no final do corredor, deu para ver o restaurante. Estava vazio. Então pensei, será que vou conseguir almoçar e o chá da minha amiga não tem ninguém! Totalmente vazio. Mas quando eu resolvi ir embora, ao me virar, dei, de encontro com um garçom, italiano. E agora! Pensei; Como perguntar para este italiano, se eles estão servindo ainda o almoço! Mas com a tamanha fome que estava, tentei dialogar. e quando soou a primeira palavra dos meus lábios, ele sorriu e disse “Brasiliana.” E me sentindo aliviada perguntei; “mi capisce!?” em brasiliano, me entende ?”“ Sim, “sim, como e claro minha belíssima senhora.” Tudo num sotaque italiano. Então maravilhada por ele ter me entendido pedi que me trouce-se o cardápio, “sim, sim minha bela madona!” E saiu. Então eu me sentei, e fiquei observando aquele grande restaurante vazio, somente eu estava ali sentada, sem ninguém para conversar, e iria almoçar sozinha. Mas vai entender as coisas que acontecem com a gente. Sem a gente querer que seja assim.

E assim pensando em varias coisas. Naquele exato momento, lá no final do corredor, aparece o garçom italiano, todo sorridente, trazendo em suas mãos uma bandeja e foi colocando na minha mesa dizendo: Prontíssimo, minha bela senhora. Eu dei um sorriso e comecei a degustar o meu almoço. Mas Percebi que o garçom italiano não tinha ido embora, e ficou como uma estátua ali do meu lado, e me olhando! Como a dizer, coma minha bela senhora, irei ficar aqui até que termine, não irei deixa-la sozinha...

Mas se eu estava querendo companhia não era aquela e nem naquele momento. Pois ele estava me deixando constrangida, sem graça. E aquele italiano! Olhava tanto pra mim, que eu estava achando; Que ele queria me namorar, ou ele estava pensando que as brasileiras são “Etes” (risos). Não era possível, não estava acreditando naquilo. E assim ali ele ficou o tempo, que ele quis. Mas tinha algo que eu tinha esquecido. O chá da minha amiga!... Então resolvi puxar conversa. E perguntei: “Aqui tem chá de camomila?” “Sim, sim bela senhora” “E como eu faço? Estou precisando. Não é para tomar agora. E sim para levar, para o quarto.” Eu até tinha me esquecido de falar da minha amiga, estava tão desconcentrada com aquela situação, que fiquei confusa. Então ele com um sorriso de orelha a orelha disse: “Um momentinho, volto já.” Tudo com seu sotaque italiano. E assim dizendo. Sumiu porta a fora. Sumindo pelo corredor. E aquela sensação de estar diante de alguém, que fica ali a te contemplar, tinha acabado. Eu iria sair dali sem olhar para trás, só estava esperando o chá de camomila da minha amiga. E assim logo que eu pudesse, iria dar o fora do restaurante. Então a espera terminou. E lá veio o garçom italiano de novo, com a bandeja nas mãos e o “chá de camomila,” com seu olhar, em minha direção. Como a dizer: “Preciso descobrir o ouro que esconde sob a camada do seu corpo, que está me deixando louco. Louco, com o brilho que envolve seu olhar.” Era mais ao menos assim (poética eu... risos.) E mesmo não querendo acreditar. Era aquilo que parecia (Um italiano subindo pelas paredes risos) E há uma frase que nos leva a refletir: “O que você faz sou tão alto que o que você fala ninguém escuta.” E por certo, aquele italiano estava fazendo uma coisa que eu acho que nem ele estava percebendo! “O paquerar na cara dura!...” E a situação piorou quando eu fui pegar a bandeja de suas mãos, ele deu um sorriso e disse não... não belíssima senhora, eu a levo para você! Até o seu quarto!

E quando agente tem capacidade de perceber, onde pode chegar a situação, paramos no exato momento em que os nossos sentimentos nos obriga; “A não ir adiante.”

E foi isto que eu fiz! E foi fácil me livrar daquele italiano. E assim experimentei fazer em vez de falar! Simplesmente peguei de suas mãos a bandeja, agradeci e dei um até logo, sem olhar para trás. “E quando passamos a conhecer, os nossos limites”, agente começa a treinar a correr maratonas. E foi assim o que aconteceu. Sai dali correndo e fui de encontro a porta do quarto de minha amiga, onde relatei tudo o que tinha acontecido. E por fim demos muitas risadas. E a propósito; “A nossa dignidade é bem dizer um valor sublime, e que precisamos pensar nela todos os dias.” Afinal, nas situações mais corriqueiras da vida, vemos a nossa dignidade testada. E cujo seu objetivo é guiar o nossos passos, onde quer que estejamos até no outro lado do mundo.

E foi assim que aconteceu, consegui manter o meu caminho de cabeça erguida e também com o meu coração tranquilo! Bem longe daquele garçom italiano!

“A ousadia de um homem e uma das qualidades mais notáveis diante de uma mulher.” Mas só quando ela... A deseja!

Neire Lú 12-11-2012

Neire Lú
Enviado por Neire Lú em 13/11/2012
Reeditado em 14/11/2012
Código do texto: T3984664
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