QUANDO A SAIA SUBIA (BVIW) - Mini crônica
Década de 60, mais especificamente os anos 67, 68 e 69. Estudante do Curso Normal num Colégio de freiras, uniforme composto de sapato preto, meias e blusa brancas e uma saia xadrezinha que deveria estar com o comprimento dois dedos acima do joelho. As freiras levavam tão a sério isso que, na entrada, ficavam nos observando e, na dúvida, não hesitavam em tirar as medidas da dita cuja. Na entrada, bem dito! Porque, na saída, ninguém nos segurava, ou melhor, ninguém metia o dedo medidor na nossa saia. Mal passávamos o portão do Colégio e rapidamente as saias encolhiam um palmo. Em plena época da mini-saia, lá íamos nós, brejeiras e falantes, desfilar no centro da cidade, sob os olhares admirativos dos rapazes que já tinham lugares determinados, os quais nós fazíamos questão de passar. Quantos namoros iniciaram nessa época! Quanta saudade daqueles tempos em que a saia tinha duas medidas, ou melhor, dois comprimentos!
Ouro!
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