CERTEZAS..... VERDADE.MENTIRA.

Há certeza de ser correto, certeza de franqueza desmedida que causa estupefação. A sinceridade espontânea que não conhece traves oponentes à manifestação, é certeza desejada, mas espanta por falta de exercício.

Ela sacode posições contrárias ao rotineiro por ser verdadeira, escorraçando a mentira. Não conhece a covardia. Suas surpresas surpreendem...

A aceitabilidade do que não presta e se esconde da verdade, se fecha sombria como casas escuras onde a luz tem vergonha de entrar, levada pelo sol, luz que dá e é vida, e precisa rebrilhar.

O amor aos entes queridos é festa permanente da franqueza em servir, acolher, acorrer, socorrer, solidarizar, animar, abençoar....amar.

Nas abissais regiões de interiores mofados pela existência espúria em uma de suas formas, falta com a lisura e a postura, transitam as negras nuvens da dissimulação, dos que dizem o que não fazem, dos que apontam sem praticar, dos que desviam quando querem mostrar caminhos. É a apologia da hipocrisia...

A certeza da felicidade, ainda que relativa, definida por pontuações, habita o coração puro onde a mentira não tem abrigo, expurgada pela franqueza que deixa clara a existência lavada de sinceridade.

Nenhuma assiduidade em infelicidade ocorre sem causação. Um breve apontamento do "talião", a "Lei do Retorno", já deixa a ponta do iceberg à mostra ainda na existência corpórea, sofrendo se fez sofrer, por ação ou omissão. Basta passar o filme com "olhos de ver"....

Ninguém se livra de sofrimentos, estamos no "Vale de Lágrimas", mas o combustível da mentira hipócrita, omissiva-comissiva, que fere os que deveriam ser mais amados, traz a "Lei do Talião".

Basta perceber o início dessa jornada espiritual......LONGA...

Só os francos, sinceros por serem verdadeiros, ainda que ásperos, conhecem o lábio doce dos sabores indescritíveis, a audição plena dos sons que poucos podem ouvir, o abraço dos cânticos do céu na candura de braços amigos vestidos de verdade.

Cultuar a franqueza deve ser hábito de higiene da conduta, elevado o espírito para as alturas atingidas pelas labaredas da alma, só assim as linhas de páginas não escritas ficarão gravadas no reconhecimento da verdade, sacrário do caráter, nunca no fosso fétido da mentira.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 12/11/2012
Reeditado em 12/11/2012
Código do texto: T3981851
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