Homenagem a Dona Irene

Lembro bem desta senhora que não dei o devido valor no tempo certo, contato de um dia apenas, portanto estou redimida deste pecado, inclusive por ter dela ganho um livro de suas poesias, e depois reconhecido o real valor

Quero contar o fato que me faz conceituá-la como merece e me desculpar in memória a ela que se foi a alguns anos. É este então o acontecimento que me fez conhecer e admirar esta digna senhora poetiza.

Em uma festa de aniversário estava presente um senhor que tem como profissão recitar poesias, poemas em qualquer evento que for contratado inclusive é comum estar em velório.

Este senhor me confessou ter sido um viciado em drogas hoje se embriaga das poesias e tem nos livros da Dona Irene uma fonte de emoções, as mais variadas, e realmente a que recitou nesta festa era de muita sensibilidade deixando-nos emocionados(as).

Ao final citou a autoria Dona Irene Neves, aí fiz a ligação da pessoa que conheci, quando fui visitar sua filha que é uma protetora de animais e portanto as conversas eram essas, mas a Dona Irene em seu quarto na companhia de vários gatos, não se importava com as desordens, usava uma lupa pela sua fraca visão, e era ajudada por uma secretaria/revisora e assim passava o dia na determinada tarefa das escritas.

Morava em um casarão muito desleixado já que estava à venda após a morte do seu marido, um jurista de sucesso. Tive um sentimento de pesar pela natureza encantadora e as ruínas do foi um belo casarão.

Bem fez dona Irene que deixou um legado de belos livros e o seu casarão já não existe pelo menos como proprietários a sua família, foi vendido e seus herdeiros farão outros investimentos. Suas poesias serão sempre saboreadas por corações sensíveis, reconheço hoje a valorosa poetiza que foi Dona Irene

Termino dizendo que ela deixou sua marca, ao lembrar de uma atitude própria de pessoas finas. Esta senhora serviu um café com arrumações de mesa com caprichos que me surpreendeu, realmente ela sabia dos reais valores da vida!

Geni Nogueira
Enviado por Geni Nogueira em 11/11/2012
Reeditado em 11/11/2012
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