OBRIGADO, SANTOS DUMONT
Dentro do taxi, observo o sol que começa a nascer. Vejo-o surgir no horizonte, enquanto o carro roda do aeroporto até o apartamento.
Pelo caminho olho a cidade despertando em uma manhã preguiçosa de domingo.
O avião pousou 50 minutos antes do horário previsto, e os relógios aqui, marcam 3 horas a menos que no Brasil.
Entro no apartamento, a primeira coisa que faço é olhar a vista, e as águas do East River, que deslizam mansamente. Na outra margem vejo Manhattan, vista daqui, nem parece que a menos de 15 dias, o furacão Sandy, passou pela ilha.
Logo abaixo do edifício, a feira de artesanato e antiquidades, começa a ser montada.
Pelo celular aviso ao nosso filho que chegamos, o convido para vir tomar café da manhã conosco.
Abro as janelas, e a brisa gelada vinda do rio me beija o rosto. Algumas gaivotas curiosas, voam rente a vidraça, parece que desejam entrar.
Mentalmente digo: Obrigado, Santos Dumont, pela maravilhosa máquina com asas, que sua inteligência inventou. Sem ela, eu não poderia estar aqui, e meu coração não estaria matando a imensa saudade do meu filho.
(foto da autora)