Queridos amigos,
1- Antes de dividir com os senhores um incrível fato que ocorreu em 2004, é oportuno realizar um breve esclarecimento sobre minha opinião quanto ao intercâmbio entre vivos e mortos.
Os mortos podem estabelecer contato com os vivos ou isso é impossível?
Não pretendo dar a minha opinião relativa ao tema, pois considero a solução dessa questão desnecessária e irrelevante.
Como assim, Ilmar?
Não é importante, caso seja possível, conversar com um ente querido o qual já partiu?
Segundo o meu pensamento, num primeiro momento talvez pareça interessante poder conversar com alguém estimado o qual já realizou a viagem derradeira, porém, refletindo melhor, sinceramente eu acho esses contatos desnecessários e irrelevantes.
Vou tentar esclarecer.
Caso seja possível dialogar com um espírito ou uma alma do Além, eu percebo que tais diálogos criarão uma espécie de ilusão que atingirá os dois “planos”.
Supondo que um “vivo” converse com um “morto” regularmente, podemos perceber que essas conversas não mudarão a situação dos interlocutores, ou seja, o “vivo” continuará pertencendo ao “mundo dos vivos” e o “morto” continuará pertencendo ao “mundo dos mortos”.
A pergunta que eu faço é a seguinte:
Qual seria a utilidade dessas conversas habituais?
Alguém dirá “Matar a saudade, Ilmar!”.
Será que essas conversas “matam” realmente a saudade?
Será que a necessidade de conversar com quem partiu não ressalta uma resistência psicológica referente ao fenômeno traumático da morte?
Eu penso que a morte traumatiza demais.
A mim ela muito traumatizou.
Existia um Ilmar antes de minha mãe partir, hoje há uma outra personalidade.
Recordo que levei cerca de quatro anos somente para admitir que minha mãe não estava mais entre os “vivos”, que ela não mais voltaria, que nossas conversas não mais aconteceriam.
Após constatar que o fato ocorreu, percebi que a existência possui etapas e que o fenômeno da morte encerra a etapa física.
Sempre acreditei que deve haver uma nova etapa depois do labor terreno.
Imagino que hoje minha mãe segue uma nova fase enquanto eu ainda respiro na Terra experimentando a oportunidade da vida física.
Isso deve ser respeitado!
Eu espero um dia voltar a vê-la quando a minha presença na Terra cessar.
No dia em que o planeta ficar menos bonito e os Céus festejarem a minha chegada, creio que será o instante do meu reencontro feliz.
Até lá não estou interessado em criar ilusões ou tentar mascarar essa separação com conversas as quais não mudarão o inevitável, eu estou cá e ela está lá.
2- Após explicar o meu pensamento e interesse sobre eventuais diálogos com os mortos, citarei um fato ocorrido em 2004 o qual motivou a idéia deste texto.
Atualmente resido num AP, sozinho, fazendo tudo que precisa ser feito, mas confesso que não curto lavar roupa (conto bastante com o auxílio de uma adorável máquina de lavar) e atualmente estou comendo fora, evitando cozinhar.
Em 2004, morava na casa onde minha mãe morou até falecer em 14 de setembro de 2004.
Havia uma menina que trabalhava três dias da semana ajudando na limpeza da casa e lavando algumas roupas.
Na época eu trabalhava durante parte da manhã e chegava em casa cerca de dez da matina.
Era um dia de terça.
A menina não trabalhava nesse dia.
Havia apenas um irmão comigo.
Ele estava trabalhando numa barraca destinada ao “jogo do bicho” no meu ex-bairro.
As outras pessoas, uma irmã, um outro irmão e meu pai (na ocasião vivo) estavam viajando.
Há uma pequena cidade onde todos costumavam ir visitar com freqüência.
Chegando em casa, coloquei uma camisa e uma cueca em cima de uma grande cesta no banheiro vinculado à cozinha da casa.
Imediatamente subi até o meu quarto.
Esse quarto fica na área superior da casa. Era um quarto, mas funcionava como uma casinha, pois tinha cama, TV, mesa e geladeira na área de fora do quarto.
Passei o resto do dia lá em cima e não desci.
Durante a noite, o meu irmão me gritou.
O meu antigo quarto possui uma janela que visualiza a saída da cozinha lá embaixo. Essa saída é uma espécie de quintalzinho onde havia um varal para secar as roupas lavadas.
O tal varal é formado por cordas tradicionalmente usadas para estender roupas.
No cantinho da parede minha mãe, nesse momento já falecida, costumava usar um pau roliço que ficava esticado no qual ela colocava peças íntimas para secar.
Pois bem! O meu irmão me gritou e perguntou se eu vi uma camisa dele a qual ele lavou e pôs para secar no varal.
Ele disse que fez isso no começo da tarde.
Eu nem sequer havia percebido a presença dele lá embaixo no princípio da tarde.
A casa que pertencia aos meus pais é muito grande.
As duas partes citadas, a parte inferior (um casarão) e a parte superior (onde ficava o meu antigo quarto) são bem separadas.
Me recordo que costumava conversar com minha mãe via telefone.
Eu possuía uma linha no meu quarto.
Lá embaixo ainda há uma linha telefônica que pertenceu a ela.
Voltando à narração, meu irmão reclamava que não estava vendo a roupa que ele havia lavado e colocado para secar.
Eu respondi que não sabia, que não vi.
Não havia descido naquele dia. Após eu subir, fiquei lá em cima descansando, vendo TV e refletindo um pouco.
Ele me mostrou uma camisa estendida.
Era a minha camisa.
Conseguimos visualizar a peça que ele procurava no chão.
Imediatamente eu desci para compreender a situação.
Se eu não lavei peça alguma (aliás, quem lavava as roupas minhas era a menina que não estava trabalhando nesse dia), como ela poderia estar ali, lavada e estendida?
Quando eu desci, notamos surpresos, no tal pau enfiado na parede, a minha cueca secando.
Eu esclareci ao meu irmão que não lavei roupa alguma, que não poderia ter sido a menina, que eu não estava entendendo nada.
Meu irmão disse que, no intervalo de sua atividade, quando ele veio e lavou as peças que estendeu mal, verificou a minha camisa e a minha cueca na cesta a qual eu havia colocado.
Depois de lavar suas peças, ele subiu para a barraca na qual ele trabalhava como cambista.
Ele só retornava no final da tarde.
Compreendam bem a situação!
Eu havia colocado uma camisa e cueca numa cesta para a menina lavar no dia seguinte.
Meu irmão observou a camisa e a cueca nessa cesta.
Verificamos depois as duas peças lavadas misteriosamente estendidas no quintalzinho.
Ficamos espantados sem compreender nada.
Um outro detalhe nos impressionou.
A minha camisa estava estendida exatamente conforme minha mãe colocava, ou seja, obedecendo ao estilo dela.
A roupa que meu irmão estendeu, seguindo o estilo dele, não resistiu e caiu no chão.
A outra permaneceu firme, sem ameaçar jamais cair.
Além disso, onde estava minha cueca, o pauzinho preso na parede, somente era utilizado por minha mãe quando ela estava viva.
Como explicar o que ocorreu?
No dia seguinte sondamos a menina diarista.
Ela teria passado lá e lavado alguma roupa?
Claro que a resposta foi negativa.
Fizemos a pergunta, porém ela não tinha como entrar sem a gente saber já que não possuía as chaves da casa.
A hipótese do Ilmar-sonâmbulo ter lavado tais roupas é muito estúpida, pois, conforme já falei, eu não costumava lavar minhas peças e nunca tive crises de sonambulismo.
Há uma outra hipótese impossível, porém vou citar porque talvez ela apareça.
O meu irmão quis brincar comigo e armou tudo isso.
Ele jamais faria isso porque respeita minha mãe tanto quanto eu.
Nessa brincadeira, os fatos sugerem que minha mãe lavou as peças de roupa.
Ele nunca criaria essa farsa.
Cometeria assim uma heresia que não combina em nada com o perfil dele.
Realmente os assuntos que possuem ligação com nossa mãe consideramos sagrados.
Além disso, ele não topa essas brincadeiras.
Há também, reforçando a impossibilidade, um detalhe um pouco engraçado.
Para armar a brincadeira, ele teria de lavar as roupas minhas.
A preguiça exagerada que o acompanha logo faria ele desistir desse plano.
Talvez fosse mais fácil um boi voar.
A hipótese de ser o meu irmão o autor dessa "brincadeira" é totalmente absurda, todavia vocês não conhecem o meu irmão.
Do mesmo jeito, a menina, que não trabalhou no dia da ocorrência, nunca poderia estar na casa sem a gente saber.
O Ilmar-sonâmbulo é outra bobagem.
Eu estou destacando teorias absurdas apenas respeitando o rigor científico da "investigação".
A pergunta que não quer calar é a seguinte:
Quem lavou?
Para finalizar o texto, destacarei três possibilidades:
1- Minha mãe foi a autora desse fato especial.
Como?
Da mesma forma que ela tanto fez quando estava na Terra, lavando minhas roupas, colocando a cueca onde ela costumava colocar, porém os detalhes “sobrenaturais” não me peçam para explicar.
Eu também fico curioso para saber como as peças foram movidas, se o sabão utilizado foi o sabão terreno ou se existe um sabão em pó adotado exclusivamente no Além.
As roupas saíram voando, atravessaram as portas ou simplesmente sumiram da cesta e apareceram no lado de fora?
Essas e outras perguntas afins não consigo esclarecer!
2- O diabo quis me iludir.
Ele lavou minha roupa, estendeu e colocou para secar exatamente como minha mãe fazia.
Esse diabo deve compor a mesma equipe que “amassa pães para quem está infeliz comer”.
Cliquem no link e confiram o texto divertido que fala sobre isso!
http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/3954641
Admitindo essa hipótese, o diabo agiu de uma forma bem bacana comigo.
Vale destacar, no entanto, que não foi criada ilusão alguma.
O objetivo de me iludir foi totalmente frustrado.
Depois desse episódio, não fiquei aguardando minha mãe lavar outras roupas minhas (o fato somente aconteceu essa vez), isso não mudou minha forma de pensar sobre o Além, não alterou minhas convicções nem sequer um pedacinho.
Se foi o diabo, ele perdeu tempo nessa suposta ilusão.
Mas admito que o capeta lavou as roupas com perfeição!
O amigo das trevas mandou bem!
Merece “Parabéns!”.
Esse diabo não ficou nada constrangido de segurar uma peça íntima minha, a cueca, e lavar com todo o carinho possível!
Diabinho danadinho, hein?
3- Não sei o que aconteceu.
Meus amigos, o fato é totalmente verídico e sério (o jeito descontraído objetiva evitar que o texto fique chato. Desculpa!).
Eu narrei o acontecimento, destaquei algumas hipóteses, anulei outras, porém talvez os senhores possam ter a solução perfeita para esse grande enigma.
Quem lavou?
Eu soube (a pulguinha de Leão Lobo me contou) que os recantistas adoram ler Sherolck Holmes.
Um abraço!
1- Antes de dividir com os senhores um incrível fato que ocorreu em 2004, é oportuno realizar um breve esclarecimento sobre minha opinião quanto ao intercâmbio entre vivos e mortos.
Os mortos podem estabelecer contato com os vivos ou isso é impossível?
Não pretendo dar a minha opinião relativa ao tema, pois considero a solução dessa questão desnecessária e irrelevante.
Como assim, Ilmar?
Não é importante, caso seja possível, conversar com um ente querido o qual já partiu?
Segundo o meu pensamento, num primeiro momento talvez pareça interessante poder conversar com alguém estimado o qual já realizou a viagem derradeira, porém, refletindo melhor, sinceramente eu acho esses contatos desnecessários e irrelevantes.
Vou tentar esclarecer.
Caso seja possível dialogar com um espírito ou uma alma do Além, eu percebo que tais diálogos criarão uma espécie de ilusão que atingirá os dois “planos”.
Supondo que um “vivo” converse com um “morto” regularmente, podemos perceber que essas conversas não mudarão a situação dos interlocutores, ou seja, o “vivo” continuará pertencendo ao “mundo dos vivos” e o “morto” continuará pertencendo ao “mundo dos mortos”.
A pergunta que eu faço é a seguinte:
Qual seria a utilidade dessas conversas habituais?
Alguém dirá “Matar a saudade, Ilmar!”.
Será que essas conversas “matam” realmente a saudade?
Será que a necessidade de conversar com quem partiu não ressalta uma resistência psicológica referente ao fenômeno traumático da morte?
Eu penso que a morte traumatiza demais.
A mim ela muito traumatizou.
Existia um Ilmar antes de minha mãe partir, hoje há uma outra personalidade.
Recordo que levei cerca de quatro anos somente para admitir que minha mãe não estava mais entre os “vivos”, que ela não mais voltaria, que nossas conversas não mais aconteceriam.
Após constatar que o fato ocorreu, percebi que a existência possui etapas e que o fenômeno da morte encerra a etapa física.
Sempre acreditei que deve haver uma nova etapa depois do labor terreno.
Imagino que hoje minha mãe segue uma nova fase enquanto eu ainda respiro na Terra experimentando a oportunidade da vida física.
Isso deve ser respeitado!
Eu espero um dia voltar a vê-la quando a minha presença na Terra cessar.
No dia em que o planeta ficar menos bonito e os Céus festejarem a minha chegada, creio que será o instante do meu reencontro feliz.
Até lá não estou interessado em criar ilusões ou tentar mascarar essa separação com conversas as quais não mudarão o inevitável, eu estou cá e ela está lá.
2- Após explicar o meu pensamento e interesse sobre eventuais diálogos com os mortos, citarei um fato ocorrido em 2004 o qual motivou a idéia deste texto.
Atualmente resido num AP, sozinho, fazendo tudo que precisa ser feito, mas confesso que não curto lavar roupa (conto bastante com o auxílio de uma adorável máquina de lavar) e atualmente estou comendo fora, evitando cozinhar.
Em 2004, morava na casa onde minha mãe morou até falecer em 14 de setembro de 2004.
Havia uma menina que trabalhava três dias da semana ajudando na limpeza da casa e lavando algumas roupas.
Na época eu trabalhava durante parte da manhã e chegava em casa cerca de dez da matina.
Era um dia de terça.
A menina não trabalhava nesse dia.
Havia apenas um irmão comigo.
Ele estava trabalhando numa barraca destinada ao “jogo do bicho” no meu ex-bairro.
As outras pessoas, uma irmã, um outro irmão e meu pai (na ocasião vivo) estavam viajando.
Há uma pequena cidade onde todos costumavam ir visitar com freqüência.
Chegando em casa, coloquei uma camisa e uma cueca em cima de uma grande cesta no banheiro vinculado à cozinha da casa.
Imediatamente subi até o meu quarto.
Esse quarto fica na área superior da casa. Era um quarto, mas funcionava como uma casinha, pois tinha cama, TV, mesa e geladeira na área de fora do quarto.
Passei o resto do dia lá em cima e não desci.
Durante a noite, o meu irmão me gritou.
O meu antigo quarto possui uma janela que visualiza a saída da cozinha lá embaixo. Essa saída é uma espécie de quintalzinho onde havia um varal para secar as roupas lavadas.
O tal varal é formado por cordas tradicionalmente usadas para estender roupas.
No cantinho da parede minha mãe, nesse momento já falecida, costumava usar um pau roliço que ficava esticado no qual ela colocava peças íntimas para secar.
Pois bem! O meu irmão me gritou e perguntou se eu vi uma camisa dele a qual ele lavou e pôs para secar no varal.
Ele disse que fez isso no começo da tarde.
Eu nem sequer havia percebido a presença dele lá embaixo no princípio da tarde.
A casa que pertencia aos meus pais é muito grande.
As duas partes citadas, a parte inferior (um casarão) e a parte superior (onde ficava o meu antigo quarto) são bem separadas.
Me recordo que costumava conversar com minha mãe via telefone.
Eu possuía uma linha no meu quarto.
Lá embaixo ainda há uma linha telefônica que pertenceu a ela.
Voltando à narração, meu irmão reclamava que não estava vendo a roupa que ele havia lavado e colocado para secar.
Eu respondi que não sabia, que não vi.
Não havia descido naquele dia. Após eu subir, fiquei lá em cima descansando, vendo TV e refletindo um pouco.
Ele me mostrou uma camisa estendida.
Era a minha camisa.
Conseguimos visualizar a peça que ele procurava no chão.
Imediatamente eu desci para compreender a situação.
Se eu não lavei peça alguma (aliás, quem lavava as roupas minhas era a menina que não estava trabalhando nesse dia), como ela poderia estar ali, lavada e estendida?
Quando eu desci, notamos surpresos, no tal pau enfiado na parede, a minha cueca secando.
Eu esclareci ao meu irmão que não lavei roupa alguma, que não poderia ter sido a menina, que eu não estava entendendo nada.
Meu irmão disse que, no intervalo de sua atividade, quando ele veio e lavou as peças que estendeu mal, verificou a minha camisa e a minha cueca na cesta a qual eu havia colocado.
Depois de lavar suas peças, ele subiu para a barraca na qual ele trabalhava como cambista.
Ele só retornava no final da tarde.
Compreendam bem a situação!
Eu havia colocado uma camisa e cueca numa cesta para a menina lavar no dia seguinte.
Meu irmão observou a camisa e a cueca nessa cesta.
Verificamos depois as duas peças lavadas misteriosamente estendidas no quintalzinho.
Ficamos espantados sem compreender nada.
Um outro detalhe nos impressionou.
A minha camisa estava estendida exatamente conforme minha mãe colocava, ou seja, obedecendo ao estilo dela.
A roupa que meu irmão estendeu, seguindo o estilo dele, não resistiu e caiu no chão.
A outra permaneceu firme, sem ameaçar jamais cair.
Além disso, onde estava minha cueca, o pauzinho preso na parede, somente era utilizado por minha mãe quando ela estava viva.
Como explicar o que ocorreu?
No dia seguinte sondamos a menina diarista.
Ela teria passado lá e lavado alguma roupa?
Claro que a resposta foi negativa.
Fizemos a pergunta, porém ela não tinha como entrar sem a gente saber já que não possuía as chaves da casa.
A hipótese do Ilmar-sonâmbulo ter lavado tais roupas é muito estúpida, pois, conforme já falei, eu não costumava lavar minhas peças e nunca tive crises de sonambulismo.
Há uma outra hipótese impossível, porém vou citar porque talvez ela apareça.
O meu irmão quis brincar comigo e armou tudo isso.
Ele jamais faria isso porque respeita minha mãe tanto quanto eu.
Nessa brincadeira, os fatos sugerem que minha mãe lavou as peças de roupa.
Ele nunca criaria essa farsa.
Cometeria assim uma heresia que não combina em nada com o perfil dele.
Realmente os assuntos que possuem ligação com nossa mãe consideramos sagrados.
Além disso, ele não topa essas brincadeiras.
Há também, reforçando a impossibilidade, um detalhe um pouco engraçado.
Para armar a brincadeira, ele teria de lavar as roupas minhas.
A preguiça exagerada que o acompanha logo faria ele desistir desse plano.
Talvez fosse mais fácil um boi voar.
A hipótese de ser o meu irmão o autor dessa "brincadeira" é totalmente absurda, todavia vocês não conhecem o meu irmão.
Do mesmo jeito, a menina, que não trabalhou no dia da ocorrência, nunca poderia estar na casa sem a gente saber.
O Ilmar-sonâmbulo é outra bobagem.
Eu estou destacando teorias absurdas apenas respeitando o rigor científico da "investigação".
A pergunta que não quer calar é a seguinte:
Quem lavou?
Para finalizar o texto, destacarei três possibilidades:
1- Minha mãe foi a autora desse fato especial.
Como?
Da mesma forma que ela tanto fez quando estava na Terra, lavando minhas roupas, colocando a cueca onde ela costumava colocar, porém os detalhes “sobrenaturais” não me peçam para explicar.
Eu também fico curioso para saber como as peças foram movidas, se o sabão utilizado foi o sabão terreno ou se existe um sabão em pó adotado exclusivamente no Além.
As roupas saíram voando, atravessaram as portas ou simplesmente sumiram da cesta e apareceram no lado de fora?
Essas e outras perguntas afins não consigo esclarecer!
2- O diabo quis me iludir.
Ele lavou minha roupa, estendeu e colocou para secar exatamente como minha mãe fazia.
Esse diabo deve compor a mesma equipe que “amassa pães para quem está infeliz comer”.
Cliquem no link e confiram o texto divertido que fala sobre isso!
http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/3954641
Admitindo essa hipótese, o diabo agiu de uma forma bem bacana comigo.
Vale destacar, no entanto, que não foi criada ilusão alguma.
O objetivo de me iludir foi totalmente frustrado.
Depois desse episódio, não fiquei aguardando minha mãe lavar outras roupas minhas (o fato somente aconteceu essa vez), isso não mudou minha forma de pensar sobre o Além, não alterou minhas convicções nem sequer um pedacinho.
Se foi o diabo, ele perdeu tempo nessa suposta ilusão.
Mas admito que o capeta lavou as roupas com perfeição!
O amigo das trevas mandou bem!
Merece “Parabéns!”.
Esse diabo não ficou nada constrangido de segurar uma peça íntima minha, a cueca, e lavar com todo o carinho possível!
Diabinho danadinho, hein?
3- Não sei o que aconteceu.
Meus amigos, o fato é totalmente verídico e sério (o jeito descontraído objetiva evitar que o texto fique chato. Desculpa!).
Eu narrei o acontecimento, destaquei algumas hipóteses, anulei outras, porém talvez os senhores possam ter a solução perfeita para esse grande enigma.
Quem lavou?
Eu soube (a pulguinha de Leão Lobo me contou) que os recantistas adoram ler Sherolck Holmes.
Um abraço!