POIS É, VOLTEI, DEPOIS DE MORRER...
POIS É, VOLTEI, DEPOIS DE MORRER...
(Autor: Antonio Brás Constante)
Pois é, voltei. Acho que morri por uns tempos, me despi de toda roupagem de autor e desisti, resistindo aos primeiros impulsos de respirar novamente a escrita, esmoreci a vontade de voltar, até sentir que tinha me libertado da liberdade de escrever. Cheguei a virar a página, a apagar a luz, a esquecer como é a sensação de ordenar aos dedos que dedilhassem meus pensamentos em algo que se pudesse ler...
Escrever é como nadar contra a correnteza, sem qualquer certeza de onde se quer chegar. O que eu fiz foi apenas parar de dar braçadas nas águas dos acontecimentos, me deixei afundar, sem qualquer resistência ou insistência. Por isso que digo que morri, me afoguei nas profundezas do esquecimento, e a cada dia ia ficando mais fácil, mais cômodo, mais tranqüilo, mais... Etc. A cada dia mais eu via menos de mim mesmo como escritor.
Outro dia, logo após publicar meu primeiro texto de retorno “A CANDIDATA E O BDSM”, recebi algumas mensagens de boas-vindas, entre elas a de um amigo que ainda não conheço pessoalmente, mas com quem já tive a oportunidade de conversar algumas vezes por telefone, e-mails e redes sociais, o jornalista e também escritor Aparecido Raimundo de Souza. Da troca de mensagens com o Aparecido veio o embrião da idéia deste novo texto.
Descobri que parar de escrever até que não é tão difícil. Basta por na balança o alto custo de algo tão precioso quanto o tempo gasto em algo como a escrita. Quando se pesa o custo e o beneficio de escrever, percebemos que se dedicar à escrita é um péssimo negócio.
Escrever, assim como viver, dá trabalho, cansa, esgota as energias. Aborrece às vezes. Fazendo-nos querer ser nada, sombras livres para vagar sem chamar a atenção para si. Deixar de ser vidraça, deixar de levar pedradas, deixar de juntar os cacos sempre que refletimos o brilho de nossas idéias na cara dos outros, isso muitas vezes irrita-os, tirando-lhes da comodidade de suas concepções prontas, e despertando a selvageria latente naqueles que são forçados a ter que pensar, mesmo que através da leitura de bobagens sem muito sentido.
Mas o que é o sentido? Quando vemos uma seta apontando em uma direção, achamos que aquilo faz sentido, que ela aponta para algo à frente, mas e se ela estiver apontando para o mais à frente, ou para o mais à frente ainda, vamos seguindo sua direção e encontrando tantas coisas, até chegar a um ponto em que ela vai apontar para o nada e nos perderemos em seu rumo, sem rumo.
O engraçado é que após minha volta, muitos já me perguntaram por que parei, mas ninguém perguntou por que voltei, ninguém mesmo, nem eu, pois confesso que ainda não saberia responder a essa pergunta...
FILMES NO YOUTUBE: Produzi dois filmes e postei no Youtube, se quiser assisti-los e quem sabe dar boas risadas, basta acessar o Youtube e procurar por: “3D – Hoje é seu aniversário” ou “Livro Maldito”, ou através dos links:
http://www.youtube.com/watch?v=IEHnTRFR0Dg
http://www.youtube.com/watch?v=lv0DJRp94NM
Se gostar dos filmes e tiver conta no Youtube, peço que clique em “gostei” me ajudando assim a divulgá-los.
LIVRO E LISTA DE LEITORES: Estou distribuindo gratuitamente cópias em PDF do meu livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”. Se você quiser o livro em PDF ou fazer parte de minha lista de leitores, basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br
Site: abrasc.blogspot.com
ULTIMA DICA: Divulgue este texto aos seus amigos (vale tudo, o blog da titia, o Orkut do cunhado, o MSN do vizinho, o importante é espalhar cada texto como sementes ao vento). Mas, caso não goste, tenha o prazer de divulgá-lo aos seus inimigos (entenda-se como inimigo: todo e qualquer desafeto ou chato que por ventura faça parte de um pedaço de sua vida ou tente fazer sua vida em pedaços).
P.S: Os textos deixam de ser semanais e passam a ser eventuais.