VAMOS DAR UM TEMPO

O desgaste do relacionamento conjugal, muitas vezes, leva o casal a ficar numa sinuca de bico, na esquina da bifurcação, sem saber que decisão tomar, dali pra frente. Alguns, então, chegam à conclusão de que uma separação momentânea seria a melhor solução. Resolvem, portanto, "dar um tempo". Acreditam que "o tempo é o melhor remédio". Que "dar tempo ao tempo", é escolha sábia. Entretanto, eu questiono essa atitude, porque acredito que colocar o nosso futuro e destino nas mãos do tempo, é muito arriscado. Acredito que a partir do momento que um casal resolve andar lado a lado, na vida matrimonial, haja o que houver, aconteça o que acontecer, não deve dar brechas ao inimigo de nossas almas e de nossos lares. Uma separação, ainda que por pouco tempo, pode dar ensejo a uma separação permanente. Tenho visto isso de montão. Salvo raras exceções, muitos acabam pegando gosto pela velha sensação de "liberdade" e decidem por "que cada um cuide de sua própria vida". Casamento é aliança, é pacto, é união, é unidade, é unicidade, é cumplicidade, é combate a dois e não entre os dois. Ao invés de "dar um tempo" separando-se um do outro, que tal "dar um tempo" à arrogância, à falta de paciência, à falta de carinho, à falta de comunicação, ao orgulho, à falta de perdão e a coisas semelhanças a essas? Mas, não. Muitos acham mais fácil separar-se do outro do que separar-se dessas coisas entranhadas em seu próprio ser.