PARABÉNS A VITÓRIA DA CONQUISTA EM SEUS 172 ANOS!

A história de Conquista, cuja emancipação política foi comemorada ontem (9), está contada com detalhes no livro do saudoso jornalista e historiador Aníbal Lopes Viana, lançado ainda na década dos anos 1980, posteriormente secundado por obra do também historiador José Mozart Tanajura.

No seu livro, intitulado ‘Cartilha Histórica de Conquista’ Aníbal descreve a gênesis das famílias conquistense e desce a detalhes importantes da vida política, social e econômica do município. E quem tiver que escrever algum artigo ou ensaio sobre Vitória da Conquista, deve tê-lo como padrão, sob pena de ser injusto com o saudoso colega e grande pesquisador, grande cultor, conhecedor da nossa história. A UESB tem o curso de História que licencia dezenas de professores anualmente. Entretanto, mesmo os que fazem mestrado e doutorado, nem só por isso podem ser guindados a historiadores, como vem acontecendo, em detrimento daqueles que são verdadeiramente historiadores. Não é obrigatório o grau de licenciatura ou bacharelado para que alguém seja historiador ou jornalista, por exemplo.

Quanto ao aniversário de Conquista, desejamos nos juntar a todas as homenagens que nossa cidade merece, mas que o poder público municipal não tem a mínima intenção de comemorar com a devida pujança. O pessoal de mente pequena, só reconhece a nossa história a partir de 1997 quando chegaram ao poder, os antes aliados de José Pedral e que hoje tentam esquecê-lo. E como não se pode falar em Conquista sem falar em Pedral, eles preferem sacrificar a história.

A Secretaria de Cultura não tem qualquer autonomia. O governo é totalmente descentralizado e tudo que se faça na cidade tem que vir do gabinete do prefeito que, por sinal, foi reeleito para mais 4 anos de mandato.

Parabenizamos Vitória da Conquista, pelos 172 anos da sua emancipação.

Como disse Jeremias Macário, em seu artigo que publicamos logo acima, quem ousa criticar as mazelas da cidade é logo acusado de não ‘amar’ Conquista. Quem não ama Conquista são aqueles que deixam o clube social passar para as calendas e vir a abrigar dois ou três espigões, deixam as praças em total abandono, não dão valor a quem realmente tem, fazem da política um meio de vida, que perseguem aqueles que não rezam em sua cartilha, que usam do assédio moral deplorável para exigir que funcionários votem em seus candidatos, que com tanto dinheiro para esbanjar, não constroem uma Casa para Menores Infratores e outra para Tratamento de dependentes Químicos, que deixam para as vésperas das eleições a solução dos nossos grandes problemas, mas passado o pleito, colocam uma pedra sobre as promessas de água (barragens que não saem do papel ou nunca lá estiveram), novo aeroporto, construção de áreas de lazer, quadras esportivas, etc .

Talvez esse seja o real motivo das comemorações que nossa cidade merece, mas não tem.

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 10/11/2012
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