Medico de Salvador Prescreve Cadeado para Gordos

Dizer que Salvador é uma cidade linda pode ser pleonasmo. Lá o carnaval é tão quente que arde na boca que come um acarajé. Todos os anos milhares de turistas chegam a capital da Bahia outrora capital do Brasil Imperio. Alguns destes turistas chegam na cidade com autoridade de pagadores de promessas, pois peregrinam de janeiro a dezembro quitando as prestações para que ao final do carnê , receba as passagens para ir com a familia em um onibus com televisão e ar condicionado que raramente funcionam. Mas tem um fundão com uma galera que é só alegria. Durante 08, 10 e até 12 horas o pagode é a palavra de ordem, sem contar aqueles romances que se inciam com as piscadas na hora do samba no pé. Em Salvador antes da sua fundação legal já tinha europeus incomodando as indias de corpos nus e penachos coloridos. É o que a história narra sobre o navio francês que naufragou por ali em 1510, dentro dele estava Diogo Alvares o famoso Caramuru que recebera de presente do proprio pai o Cacique Taparica, a linda Catarina Paraguaçu. Que segundo o poema Caramuru de Santa Rita Durão se chamava Guaibimpará. E la tem trio elétrico? Tem sim senhor! Mas também tem a ultima invenção da Medicina que os ganhadores do Nobel de 2012 o Britânico Jhon B. Gurdon e o Japonês Shinya Yamanaka, vão ficar de cara no chão. Um medico de nome José Soares de Menezes de um posto móvel de um programa ligado a Secretari a de Saúde da Bahia rompeu todos os conceitos e disse eu sou o cara! E ao consultar a baianinha arretada de tanto comer, viu na ficha que seu nome era Adriana Santos e que seu peso e sua altura eram incompativeis. Então de posse da sua caneta branca com propaganda de laboratório, começou a escrever com a mão na testa sem olhar para a paciente, como titulo colocou Cardialina. E a seguir foi cadeado em tudo quanto é lugar; boca, geladeira, freezer, armário e etc. Com seu humilde agradecimento a moça sorriu e perguntou se aqueles medicamentos se pegava no posto, também sorridente o médico disse que ela teria que comprar em uma loja de ferragens. Com acanho peculiar de paciente que se intimida com medico, ela queria entender como ele sabia que o remédio era aquele, pois não lhe tirou a pressão, nem ao menos lhe mediu a febre caso tivesse algum aperreio quente, também não lhe perguntou o que sentia. Seria possivel somente de olhar para ela? Sim. Pois o Doutor José que talvez nem tenha doutorado, disse receber orientações do além e com uma simples olhada escreve sem abrir os olhos. Antes de sair Adriana sorriu novamente e pensou ser obra de Chico Xavier. Para sua surpresa poucos metros a frente viu um senhor arrastando uma mula sem cabeça em uma carroça, só que a mula não conseguia andar em linha reta e sempre batia em alguma coisa, natural para quem não tem olhos para enxergar. Ela sem sorrir desta vez, perguntou se aquela mula era a mesma que saia em agosto arruaçando nas ruas junto com o Saci Pererê e o Boi-Tatá, imediatamente sem dizer uma só palavra o moço retirou do bolso uma receita em que o Doutor que talvez não tenha doutorado José Soares Menezes escreve “DECAPITAÇÃO” como titulo e abaixo recomenda arrancar a cabeça do animal para que a cefaléia continua que fazia o bicho relinchar diariamente cessace imediatamente.