Obama como presidente dos EUA, está eleito para mais quatro anos. Para nós, cucarachas, ambos os candidatos são imperialistas e se sentem donos do mundo, mas apesar de tudo para a paz do mundo, o outro era pior (não se deve dizer mais pior. É hilariante, mas é o que eu tenho a tendência de dizer). Mr. Barak é o menos pior. De todo jeito, para as bases de nossos países, pouco importa. O processo não depende deles. Depende sim de nós. A tradição judaica ensinava que o mundo era salvo da destruição e poupado porque em algum lugar, mesmo em meio a uma maioria da população sem consistência, em algum lugar estão reunidos doze sábios que sustentam o mundo com sua espiritualidade, sua oração e seu amor solidário. Graças a Deus. Um grupo assim não deixa a gente cair no pessimismo de ver as coisas pelo lado pior. Enquanto houver gente que ama, o mundo tem salvação.
Para a ONU, 6 de novembro, é o "dia internacional para a prevenção da exploração do ambiente". É bom que haja um dia para a prevenção já que a exploração da terra, da água e dos bens naturais aumenta a cada dia. Parece que na internet teve início uma grande mobilização popular contra a construção da hidroelétrica de Belo Monte, mas o governo parece insensível a isso e absolutamente desinteressado no diálogo com o povo e a sociedade civil.
O governo do Estado de São Paulo, está sem saber o que dizer à opinião pública face a violência com mortes aterrorizando a capital. Não parece, mas isso tem a ver com a prevenção e proteção ecológica também. Porque ecologia não é só ambiental. É também social e a justiça tem de ser sempre eco-social.
No Brasil, a Igreja Católica celebrou domingo dia 4, a memória de todos os santos e santas que já passaram a outra dimensão da vida. A ideia de santidade foi tão desvirtuada pela própria Igreja no modo de falar dos santos e santas que hoje está em descrédito. Quando eu era menino (não que eu seja implicante), a gente chegava a ter desejo de se tornar uma pessoa santa. Hoje, o que significaria ser uma pessoa santa? Se for dar crédito às biografias e vidas de santo que se espalham por aí, poucos de nós desejaríamos para si ou admiraria alguém assim. E ainda tem o problema de que desde a Idade Média, o papa se arvora no direito de canonizar ou seja de ser o único a declarar quem está na lista (canon) dos santos e santas da Igreja. E os critérios nem sempre são claros e transparentes. João Paulo II chegou a canonizar o fundador da Opus Dei e beatificou o papa Pio IX com tudo o que se sabe dele e de sua perseguição aos judeus e aos considerados hereges. A Igreja canonizou o cardeal Roberto Belarmino que em fevereiro de 1600 foi o grande inquisidor que condenou o dominicano Giordano Bruno à fogueira. No caso do papa Celestino V, o único renunciou ao papado e era um cristão verdadeiro, ele foi preso por ordem do papa que o sucedeu (Bonifácio VIII) e apareceu morto no cárcere e pouco tempo depois o papa o canonizou. Alguém me dirá que são histórias medievais. Entretanto, algumas histórias de hoje não o são e não parecem muito mais recomendáveis. Prefiro deixar de lado esses rituais cuja única função é legitimar e reforçar o poder tido como sagrado e voltar à minha insignificância.
Punto e basta!