Duplamente viciado.
Mal olhei para a mesa com feltro verde, rodeada por seus adeptos, lembrei-me de Um Jogador, obra de Dostoievski. Nela, o renomado escritor russo relatou o que se passava com seu personagem principal. Só que, nesta noite, um deles não se chama Alexei. Mas, ele está tão viciado que, mesmo com sua aposta sobre a mesa, não deixa de seguir as jogadas de pôquer no seu notebook, pousado ao seu lado, sobre uma banqueta. Tanto na mesa como pela internet, ele se mantém mudo, porém com seu vício super aceso.