O JOIO E O TRIGO

Na parábola do joio e do trigo Jesus deixa claro as diferenças e as semelhanças que existem entre o bem e mal, mostra - nos também que não há nada mais parecido com um profeta verdadeiro do que um falso profeta.

A diferença está nos frutos de suas obras; o profeta verdadeiro tem a unção do espírito de Deus, e seus feitos são geradores de paz, de unidade, de amor, de vida, enquanto o pregador de araque se tornará mais sedo ou mais tarde, sinal de morte, pois anuncia antes de tudo a si mesmo, com ensinamentos baseados em fundamentos humanos, dando vasão a suas vaidades pessoais, desligados, portanto da fonte da verdadeira vida.

A humanidade vive a era da tecnologia, o tempo da comunicação on-line com imagens em tempo real de qualquer canto do planeta com os satélites desnudando as privacidades.

As cidades se enchem com milhões de seres humanos que caminham apressados sem se notarem como se estivessem num deserto, aprendendo na própria pele que multidão não é companhia.

O empobrecimento por que passa a humanidade tem levado o homem a se preocupar com a subsistência, se atirando ao trabalho ou a procura dele, de maneira frenética e integral esquecendo-se que não é maquina, mas gente, e, como tal precisa de uma comunidade, que lhe possibilite desenvolver-se como pessoa; mas a inversão de valores tem feito a homem esquecer que o trabalho é apenas um seguimento da vida e não a própria vida.

A pressa é a marca registrada deste novo milênio. A globalização reduziu o tamanho do mundo a proporções microscópicas.

Um simples boato pode quebrar financeiramente um continente inteiro.

A tecnologia da fissão do átomo já chegou a tempo a paises como Israel; Paquistão e Índia e a hipótese do apocalipse nuclear já não é mais apenas um pesadelo ruim.

A inocência das famílias sentadas a beira da calçada para ouvir os velhos contarem seus “causos”, deu lugar à paranoia dos assaltos e sequestros relâmpagos, onde se mata por qualquer trocado.

O homem está desesperadamente só no meio de bilhões de semelhantes, porque ainda não aprendeu que é apenas tripulante desse planetinha azul chamado terra, e não dono dele.

Essa sensação de solidão em grupo levou o homem a perceber que não bastam as grandes conquistas, ou imensas fortunas, nem o governo de muitas nações, existe um espaço no seu coração do homem, que é preenchido somente pela presença de Deus, e esse ser incompreensível para muitos, não se conquista a peso de ouro ou golpes de espada, mas pelo amor que ele deixou de aprender em algum trecho do caminho.

Isso tem levado a humanidade a se jogar em qualquer arapuca que se denomine igreja, sem doutrina, sem tradição apostólica ou algum respeito à conversão de vida que o buscador desesperado e desavisado procura.

Como antigamente surgiam botecos a cada esquina, hoje surgem novas e mais novas denominações religiosas, aproveitando a liberdade de culto do Brasil, pregando perigosamente um deus que em troca de seu dízimo, paga suas contas, cura teu câncer, troca seu carro e te da casa nova, jamais aquele que quer e pode salvar a tua alma e te dar a vida eterna, mas pede seguimento incondicional, comprometimento, amor ao próximo e a natureza e um certo desapego as coisa materiais.

Não quero com isso generalizar, pois existem igrejas evangélicas e pentecostais sérias que desenvolvem um trabalho ungido digno de respeito por parte de todos, mas algumas aproveitam as brechas da lei e travestidas em pele de cordeiro atacam como lobos ferozes, as ovelhas indefesas que buscam as águas de descanso.

Gilbertolima

Gilberto F Lima
Enviado por Gilberto F Lima em 07/11/2012
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