Crônica. Causa da falta de amor

Crônica.

Causa da falta de amor.(morte dos franceses) no Rio de Janeiro.

Há nas escritas sagradas uma expressão que diz: ‘por causa da falta de amor, o amor da maioria esfriaria”. No primeiro mundo, segundo o entendimento de alguns crédulos, as pessoas que ali habitam, são não raro nobres espíritos imbuídos de uma força moral incomum aqui no submundo, onde alguns estudiosos não têm a cerimônia de cognominar de terceiro mundo. No rio de janeiro, no paraíso das delicias dos filhos dos homens, e em virtude do evento espetacular do carnaval tem atraído pessoas do mundo inteiro, é claro que muito dos aqui vem, vem para saciar e alimentar desejos muitas vezes não nobres. Todavia, é digno de nota que, entre esses que se deslumbram com a magia do carnaval com a volúpia dos corpos nus que desfilam em carro aberto, Alguns se sensibilizam de fato, com outro quadro que nem sempre está revelado a olho nu. Refiro-me ao quadro desolador da miséria que grassa em milhões de órfãos do estado. Acreditando que o ser humano excluído apenas carece de uma chance, de uma oportunidade para que possa reverter seu futuro, alguns franceses, por conta disso, adotaram o Rio de Janeiro como sua cidade, seu habitat, com um único objetivo: ajudar crianças de rua a adquirirem o direito de andar nas ruas com dignidade, de posse de uma esperança, de um emprego digno e de educação básica para tal fim. Então fundaram uma ONG para alcançar este objetivo. E durante algum tempo puderam de fato mudar o destino de muitas crianças. E alguns desses meninos que antes não tinham nem um teto nem honra, se mostraram até talentosos para os negocios da ONG. Alguns assumiram atribuições importantes para o suave funcionamento da organização.

Porém, nem no primeiro mundo as coisas são perfeitas, muito menos aqui podariam ser. A herança genética tem um peso colossal sobre os homens de qualquer matiz. Costumo dizer que, é a única profecia infalível. Depois de crescido alguns dos pobres meninos, agora cursando faculdade,e trabalhando como administradores do dinheiro da ONG, começaram a por seu sangue mal de origem animalesca em ação grotesca, e para não serem descoberto e punidos apenas por desvio de dinheiro, dinheiro esse, diga-se de passagem, muito limpo que era trazido de várias partes do mundo para resgatar mais alguns exemplares da fauna sub-humana. Então estes outrora indefesos excluídos sócias planejaram e executaram um plano vil, mataram a sangue frio três cidadãos de bem que por inocência, acreditaram mais uma vez no ser humano.

Só que a morte foi simples, nada de crime hediondo, só mataram a facadas e revelaram em depoimento frio, que pretendiam queimar os cadáveres depois de mortos brutalmente, talvez, penso eu, que era para os parentes economizarem com os procedimentos fúnebres. São ou não são de fato boizinhos estes meninos sem sorte?

Brasília 28/02/2007 Evan do Carmo